Ex-premiê português segue como o melhor colocado para suceder Ban Ki-moon
Nações Unidas, 26 set (EFE).- O ex-primeiro-ministro de Portugal António Guterres continua sendo o candidato com mais apoio para suceder Ban Ki-moon como secretário-geral da ONU após a quinta pesquisa, que foi realizada nesta segunda-feira entre os integrantes do Conselho de Segurança da organização.
Guterres, que foi o mais votado em todas as consultas, obteve o mesmo resultado da votação anterior: 12 a favor, dois contra e uma abstenção, segundo fontes diplomáticas.
A próxima pesquisa, que acontecerá em 5 de outubro, será crucial, já que será a primeira na qual as cédulas dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia), que têm poder de veto, serão marcadas com uma cor diferente.
Na pesquisa de hoje, ficaram atrás de Guterres o sérvio Vuk Jeremic, com oito votos a favor, seis contra e uma abstenção; e o eslovaco Miroslav Lajcak, com oito votos favoráveis, sete contra e nenhuma abstenção.
A chanceler argentina Susana Malcorra obteve mais uma vez sete votos favoráveis, sete negativos e uma abstenção, e ficou empatada com o ex-presidente esloveno Danilo Turk.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, perdeu posições na votação de hoje, o que abre as portas para que seu país, a Bulgária, indique a comissária europeia Kristalina Georgieva, que conta com a simpatia dos países ocidentais.
A neozelandesa Helen Clark e o macedônio Srgjan Kerim (seis votos a favor e nove contra) fecham a lista dos candidatos que seguem em disputa ao lado de Natalia Gherman, da Moldávia, última colocada com três votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção.
Com poucas mudanças nas últimas votações, a que será realizada em 5 de outubro dará mais pistas de como se desenvolverá a situação, pois permitirá saber com clareza se Guterres enfrenta um possível veto.
Até agora, a Rússia enfatizou a importância do princípio não escrito de rotatividade geográfica, uma tradição segundo a qual o próximo secretário-geral das Nações Unidas deveria vir do Leste Europeu, mas não disse se está disposta a vetar o português.
Fontes diplomáticas não descartam que, no fim, o compromisso seja atingido após negociações que incluam a distribuição de outros cargos na ONU.
Assim como ocorreu até agora, a votação da próxima pesquisa será sigilosa, uma prática que foi criticada por alguns países e pelo atual presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, que este ano liderou esforços para melhorar a transparência no processo.
Espera-se que o Conselho de Segurança eleja o substituto de Ban ao longo do mês de outubro, para que depois ele seja ratificado pela Assembleia Geral e possa assumir o posto em janeiro do ano que vem. EFE
mvs/rpr
Guterres, que foi o mais votado em todas as consultas, obteve o mesmo resultado da votação anterior: 12 a favor, dois contra e uma abstenção, segundo fontes diplomáticas.
A próxima pesquisa, que acontecerá em 5 de outubro, será crucial, já que será a primeira na qual as cédulas dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia), que têm poder de veto, serão marcadas com uma cor diferente.
Na pesquisa de hoje, ficaram atrás de Guterres o sérvio Vuk Jeremic, com oito votos a favor, seis contra e uma abstenção; e o eslovaco Miroslav Lajcak, com oito votos favoráveis, sete contra e nenhuma abstenção.
A chanceler argentina Susana Malcorra obteve mais uma vez sete votos favoráveis, sete negativos e uma abstenção, e ficou empatada com o ex-presidente esloveno Danilo Turk.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, perdeu posições na votação de hoje, o que abre as portas para que seu país, a Bulgária, indique a comissária europeia Kristalina Georgieva, que conta com a simpatia dos países ocidentais.
A neozelandesa Helen Clark e o macedônio Srgjan Kerim (seis votos a favor e nove contra) fecham a lista dos candidatos que seguem em disputa ao lado de Natalia Gherman, da Moldávia, última colocada com três votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção.
Com poucas mudanças nas últimas votações, a que será realizada em 5 de outubro dará mais pistas de como se desenvolverá a situação, pois permitirá saber com clareza se Guterres enfrenta um possível veto.
Até agora, a Rússia enfatizou a importância do princípio não escrito de rotatividade geográfica, uma tradição segundo a qual o próximo secretário-geral das Nações Unidas deveria vir do Leste Europeu, mas não disse se está disposta a vetar o português.
Fontes diplomáticas não descartam que, no fim, o compromisso seja atingido após negociações que incluam a distribuição de outros cargos na ONU.
Assim como ocorreu até agora, a votação da próxima pesquisa será sigilosa, uma prática que foi criticada por alguns países e pelo atual presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, que este ano liderou esforços para melhorar a transparência no processo.
Espera-se que o Conselho de Segurança eleja o substituto de Ban ao longo do mês de outubro, para que depois ele seja ratificado pela Assembleia Geral e possa assumir o posto em janeiro do ano que vem. EFE
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