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EUA assinam documentos secretos para suspender sanções da ONU a bancos do Irã

30/09/2016 03h09

Washington, 30 set (EFE).- Os Estados Unidos acertaram em segredo com o Irã a suspensão das sanções da ONU contra dois bancos desse país no mesmo dia (17 de janeiro) no qual Teerã libertou vários americanos que tinha detidos, segundo informou nesta sexta-feira o "The Wall Street Journal".

A suspensão de sanções da ONU contra o banco Sepah - o mais antigo do Irã - e seu ramo internacional só estava previsto para 2023, de acordo com o pacto nuclear que Teerã assinou com os EUA e outras cinco potências em julho de 2015 e que entrou em vigor no dia 16 de janeiro deste ano.

De acordo com o "WSJ", que cita como fonte funcionários americanos, esta medida fez parte dos acordos entre os dois países que incluiu o pagamento de US$ 1,7 bilhão com dinheiro de Washington a Teerã por uma disputa internacional e o indulto a 21 iranianos condenados por violar as sanções.

Esses acordos, segundo o periódico, foram assinados em segredo por funcionários americanos e iranianos em um hotel de Gênova (Suíça) na manhã do dia 17 de janeiro.

Horas depois, nesta ordem, o Irã libertou os americanos detidos, um avião aterrissou em Teerã com US$ 400 milhões com dinheiro para a primeira parte do pagamento e o Conselho de Segurança da ONU retirou as sanções ao banco Sepah.