Após vitória de Trump, jovens mantêm campanha em favor de Bernie Sanders
Miami, 24 nov (EFE).- Os jovens simpatizantes de Bernie Sanders continuam em campanha a favor daquele que consideram a "voz autorizada" dentro do Partido Democrata e, após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, colocam todas as suas fichas no "único candidato" que pensa como eles.
A recente visita do senador pelo estado de Vermont a Miami, na Flórida, para apresentar na Feira do Livro desta cidade sua publicação "Our Revolution" ("Nossa Revolução", em tradução livre), serviu de termômetro para medir a emoção que desperta sua figura e discurso.
Como se se tratasse de uma estrela do rock e cantando seu nome, dezenas de simpatizantes, especialmente jovens, cercaram o ônibus que levou Sanders ao local da feira, a sede da universidade Miami Dade College, onde o político ofereceu uma conversa na sala de conferências Chapman na tarde do último sábado.
Demán, uma estudante adolescente de origem cubana que assistiu ao encontro, disse à Agência Efe que apoia o senador de Vermont porque ele "pensa" como os jovens, e sabe que muitos não têm "a oportunidade de pagar uma universidade".
"(Sanders) Sabe que os preços são caros e muitos somos pobres", afirmou a jovem que pretende estudar medicina, uma carreira "exageradamente cara" e para a qual terá que pagar "até US$ 40 mil por semestre", se quiser estudar na universidade correta.
Assim como ela, o dominicano Cristian, de 17 anos, confessou que se sente inspirado pelas ideias promovidas por Sanders e não descarta seguir uma profissão relacionada com a "política econômica".
"Fornecer universidade gratuita e seguro de saúde como um direito humano", lembrou o dominicano residente em Miami, em alusão a dois dos pilares do programa de Sanders durante as primárias democratas, e enquanto exibia em suas mãos duas publicações do senador.
"Esta geração viveu a recessão em 2008 e cresceu em um ambiente que torna mais fácil entender o que (Sanders) promove", acrescentou o jovem.
Muitos dos presentes destacaram o fato de Sanders, de 75 anos, manter-se ativo após o resultado de 8 de novembro e não faltou quem se perguntasse sobre o hipotético resultado nas presidenciais se o senador tivesse sido o candidato democrata ao invés de Hillary Clinton.
"Bernie tinha melhores números contra Trump do que Hillary", opinou Rachel, de Nova York, enquanto recordava que Sanders ganhou as primárias em dois estados-chave, Michigan e Wisconsin, nos quais o republicano Donald Trump foi o mais votado nas eleições gerais.
Durante seu discurso, diante de aproximadamente mil pessoas e entre muitos cartazes com o lema "Bernie 2016", o social-democrata lembrou algumas partes de seu programa eleitoral, mas preferiu olhar para o futuro e defender uma política migratória que "una as famílias", além de uma "saúde de qualidade para todas as pessoas".
"(O Partido Democrata) não pode ter Wall Street nem as empresas farmacêuticas como donos", afirmou o político em sua conversa, assim como fez durante sua campanha. Além disso, Bernie lembrou que a mudança climática é "um grande problema" e prometeu ajudar às "pessoas brilhantes que não têm condições de entrar na universidade".
Após lembrar que "Hillary ganhou na votação popular por uma diferença de 1 milhão de votos", Sanders fez um pedido, para que as pessoas "não se esqueçam que Donald Trump disse coisas horríveis antes de conseguir a presidência", que fez comentários "racistas" e usou "uma linguagem muito feia".
Apesar de Senders ter evitado responder ao moderador do encontro se pretende concorrer à presidência em 2020, os presentes não deixaram de demonstrar apoio ao senador, e muitos deles ainda se negam a aceitar que Trump é o presidente eleito.
"Ele é meu presidente", disse Tomás, de ascendência porto-riquenha, ao se referir ao senador, enquanto deixava o local com lágrimas nos olhos e com uma "sensação amarga".
"É bom ver que ainda (Sanders) está aí, lutando por nós, que ele tem algo dentro que não o deixa se render", acrescentou o jovem, para confessar depois que apoiará "100%" o senador, se ele decidir entrar novamente na corrida eleitoral.
Allan Nichols, que foi delegado por Bernie Sanders na Flórida durante as primárias democratas, repetiu por sua vez as palavras ditas minutos antes pelo senador: "Temos a obrigação moral de fazer algo, não é hora de desistir, já passamos por tempos difíceis antes e os superamos".
A recente visita do senador pelo estado de Vermont a Miami, na Flórida, para apresentar na Feira do Livro desta cidade sua publicação "Our Revolution" ("Nossa Revolução", em tradução livre), serviu de termômetro para medir a emoção que desperta sua figura e discurso.
Como se se tratasse de uma estrela do rock e cantando seu nome, dezenas de simpatizantes, especialmente jovens, cercaram o ônibus que levou Sanders ao local da feira, a sede da universidade Miami Dade College, onde o político ofereceu uma conversa na sala de conferências Chapman na tarde do último sábado.
Demán, uma estudante adolescente de origem cubana que assistiu ao encontro, disse à Agência Efe que apoia o senador de Vermont porque ele "pensa" como os jovens, e sabe que muitos não têm "a oportunidade de pagar uma universidade".
"(Sanders) Sabe que os preços são caros e muitos somos pobres", afirmou a jovem que pretende estudar medicina, uma carreira "exageradamente cara" e para a qual terá que pagar "até US$ 40 mil por semestre", se quiser estudar na universidade correta.
Assim como ela, o dominicano Cristian, de 17 anos, confessou que se sente inspirado pelas ideias promovidas por Sanders e não descarta seguir uma profissão relacionada com a "política econômica".
"Fornecer universidade gratuita e seguro de saúde como um direito humano", lembrou o dominicano residente em Miami, em alusão a dois dos pilares do programa de Sanders durante as primárias democratas, e enquanto exibia em suas mãos duas publicações do senador.
"Esta geração viveu a recessão em 2008 e cresceu em um ambiente que torna mais fácil entender o que (Sanders) promove", acrescentou o jovem.
Muitos dos presentes destacaram o fato de Sanders, de 75 anos, manter-se ativo após o resultado de 8 de novembro e não faltou quem se perguntasse sobre o hipotético resultado nas presidenciais se o senador tivesse sido o candidato democrata ao invés de Hillary Clinton.
"Bernie tinha melhores números contra Trump do que Hillary", opinou Rachel, de Nova York, enquanto recordava que Sanders ganhou as primárias em dois estados-chave, Michigan e Wisconsin, nos quais o republicano Donald Trump foi o mais votado nas eleições gerais.
Durante seu discurso, diante de aproximadamente mil pessoas e entre muitos cartazes com o lema "Bernie 2016", o social-democrata lembrou algumas partes de seu programa eleitoral, mas preferiu olhar para o futuro e defender uma política migratória que "una as famílias", além de uma "saúde de qualidade para todas as pessoas".
"(O Partido Democrata) não pode ter Wall Street nem as empresas farmacêuticas como donos", afirmou o político em sua conversa, assim como fez durante sua campanha. Além disso, Bernie lembrou que a mudança climática é "um grande problema" e prometeu ajudar às "pessoas brilhantes que não têm condições de entrar na universidade".
Após lembrar que "Hillary ganhou na votação popular por uma diferença de 1 milhão de votos", Sanders fez um pedido, para que as pessoas "não se esqueçam que Donald Trump disse coisas horríveis antes de conseguir a presidência", que fez comentários "racistas" e usou "uma linguagem muito feia".
Apesar de Senders ter evitado responder ao moderador do encontro se pretende concorrer à presidência em 2020, os presentes não deixaram de demonstrar apoio ao senador, e muitos deles ainda se negam a aceitar que Trump é o presidente eleito.
"Ele é meu presidente", disse Tomás, de ascendência porto-riquenha, ao se referir ao senador, enquanto deixava o local com lágrimas nos olhos e com uma "sensação amarga".
"É bom ver que ainda (Sanders) está aí, lutando por nós, que ele tem algo dentro que não o deixa se render", acrescentou o jovem, para confessar depois que apoiará "100%" o senador, se ele decidir entrar novamente na corrida eleitoral.
Allan Nichols, que foi delegado por Bernie Sanders na Flórida durante as primárias democratas, repetiu por sua vez as palavras ditas minutos antes pelo senador: "Temos a obrigação moral de fazer algo, não é hora de desistir, já passamos por tempos difíceis antes e os superamos".
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