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Trump chama Fidel de "brutal ditador" e quer Cuba no "caminho da liberdade"

Em Washington (EUA)

26/11/2016 16h33

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu neste sábado que seu governo fará "todo o possível para garantir que o povo cubano possa iniciar finalmente seu caminho rumo à prosperidade e liberdade", em comunicado sobre a morte do líder cubano Fidel Castro, a quem chamou de "brutal ditador".

O comunicado, divulgado pelo escritório de transição presidencial, não foi a primeira reação de Trump ao falecimento do líder cubano, já que o magnata tinha se pronunciado pouco antes no Twitter com uma breve frase: "Fidel Castro está morto".

Trump ressaltou no comunicado que Fidel foi um "brutal ditador" que "oprimiu seu próprio povo" e, com seu falecimento aos 90 anos, ocorrido na noite de sexta-feira, deixa "um legado de fuzilamentos, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e negação de direitos humanos fundamentais".

"Apesar de Cuba continuar sendo uma ilha totalitária, minha esperança é de que hoje marque um afastamento dos horrores sustentados durante tempo demais e rumo a um futuro no qual o maravilhoso povo cubano finalmente viva na liberdade que tanto merece", afirmou Trump.

Apesar de as "tragédias, mortes e dor causadas por Fidel Castro não poderem ser apagadas, nosso governo fará todo o possível para garantir que o povo cubano possa iniciar finalmente seu caminho rumo à prosperidade e liberdade", prometeu o presidente eleito, que assumirá o cargo em janeiro.

Trump lembrou, além disso, que durante a campanha eleitoral recebeu o respaldo da Associação de Veteranos da Baía dos Porcos (Brigada 2506), exilados antiscastristas que participaram da fracassada invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, no ano de 1961.

Durante a campanha, Trump também prometeu "dar marcha à ré" às "concessões" a Cuba, mas analistas políticos veem improvável que ele acabe repente com o processo de degelo nas relações bilaterais iniciado no final de 2014 pelo atual presidente, Barack Obama.

Nas primárias, Trump foi o único candidato republicano que apoiou a abertura em relação a Cuba, mas em sua busca por votos na Flórida, nas eleições gerais, prometeu que "revogaria" as medidas executivas de Obama, "a não ser que o regime dos Castro" restaure "as liberdades na ilha".

Mas alguns analistas consideram que o magnata dos hotéis e dos cassinos terá que moderar essa postura, devido às pressões que receberá de parte dos empresários americanos que há décadas desejam fazer negócios com Cuba.