Presos políticos, fugitivos e liberdade serão prioridades de Trump para Cuba
Nova York, 28 nov (EFE).- A libertação de presos políticos, o retorno de fugitivos da Justiça e a liberdade político-religiosa serão as prioridades do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para Cuba, antecipou a equipe do republicano.
"O presidente eleito quer ver liberdade em Cuba para os cubanos e um bom tratamento para os americanos, no qual não nos achem tolos" disse o porta-voz de Trump, Jason Miller, em entrevista coletiva.
Segundo o assessor, Trump está ciente de que Cuba é um assunto "muito complexo" e que lidará com a questão assim que assumir a presidência. A morte do ex-líder cubano Fidel Castro não muda, por enquanto, as estratégias do presidente eleito dos EUA, disse Miller.
"Foi um assunto importante e seguirá sendo. As prioridades serão a libertação dos presos políticos, o retorno dos fugitivos da Justiça americana e também a liberdade político-religiosa para todos os que vivem sob opressão", afirmou o porta-voz.
Através do Twitter, Trump disse hoje que colocará um fim no "acordo" com Cuba se o governo da ilha não promover a abertura do regime. "Se Cuba não está disposta a fazer um acordo melhor para o povo cubano, e os cubano-americanos em seu conjunto, porei um fim no acordo", escreveu no Twitter.
Durante as primárias, Trump foi o único candidato republicano que apoiou a abertura com Cuba, mas, em sua busca por votos na Flórida nas eleições gerais, prometeu que "revogaria" as medidas executivas do presidente Barack Obama, "a não ser que o regime dos Castro" restaurasse "as liberdades na ilha".
O futuro chefe de gabinete do presidente eleito, Reince Priebus, disse no domingo que Trump esperará "alguns movimentos" do governo de Cuba para decidir como serão as relações. Se nada ocorrer, o republicano reverterá a aproximação iniciada em 2014.
Ao comentar a morte de Fidel, Trump chamou o ex-líder cubano de "brutal ditador" e prometeu que seu governo "fará o possível para garantir que o povo de Cuba possa iniciar finalmente o caminho em direção à prosperidade e à liberdade".
Em comunicado, Trump disse que Fidel "oprimiu seu próprio povo" e deixou um "legado de fuzilamentos, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e negação de direitos humanos fundamentais".
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