Conselho de Segurança da ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (30), por unanimidade, novas sanções contra a Coreia do Norte em resposta a seu último teste nuclear e a suas repetidas violações das resoluções da ONU.
As medidas incluem importantes restrições às exportações norte-coreanas de carvão, em uma tentativa de limitar as receitas de Pyongyang e, assim, os recursos que o regime pode dedicar a seus programas atômicos e de mísseis balísticos.
A resolução adotada hoje é o resultado de mais de dois meses de negociações entre Estados Unidos e China, que foram iniciadas após o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em 9 de setembro, o mais potente até o momento.
O texto reforça toda uma série de sanções que o Conselho de Segurança vem impondo nos últimos anos e, especialmente, o duro pacote aprovado após o teste nuclear que o país asiático realizou em janeiro deste ano.
As novas sanções impõem a partir de janeiro um limite de US$ 400 milhões, ou 7,5 milhões de toneladas anuais, para as exportações de carvão da Coreia do Norte, que segundo vários estudos, atualmente rende cerca de US$ 1 bilhão ao ano ao país, graças às compras da China.
Além disso, as sanções proíbem as exportações de outros materiais como cobre e prata e introduzem outras restrições comerciais.
A resolução também acrescentou vários indivíduos e entidades à "lista negra" da ONU, o que acarreta em proibições de viagens e congelamento de ativos.
"O Conselho de Segurança tomou hoje uma ação contundente perante um dos desafios mais duráveis e inquietantes para a paz e a segurança", disse o secretário-geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon.
Ban, que, ao contrário do habitual, discursou no Conselho após a votação, destacou a "unidade" demonstrada pelos 15 integrantes deste órgão das Nações Unidas para fazer frente a esta ameaça e pediu a todos os Estados-membros da organização que apliquem totalmente as sanções para garantir sua efetividade.
Segundo Ban, a Coreia do Norte deve "mudar de rumo e avançar para o caminho da desnuclearização com um diálogo sincero" com a comunidade internacional.
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