Obama e Abe selarão reconciliação de EUA e Japão com visita a Pearl Harbor
Washington, 21 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, selarão na próxima semana a reconciliação dos dois países com uma visita conjunta ao memorial das vítimas do ataque japonês a Pearl Harbor durante a Segunda Guerra Mundial.
"Tem uma relevância histórica, prestar respeito aos mortos da época e ressaltar a reconciliação de dois adversários que passam a ser aliados próximos, não só desde a Segunda Guerra, mas especialmente durante o governo de Obama", disse nesta quarta-feira em entrevista coletiva o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Daniel Kritenbrink.
Obama, que passa as férias de Natal no Havaí com a família, terá um encontro com Abe na manhã de terça-feira. Os dois discutirão esforços para fortalecer a aliança bilateral, as conquistas de cooperação em segurança e economia nos últimos quatro anos.
Depois da reunião, os dois visitarão o Memorial USS Arizona, em Honolulu, no Havaí, onde foram enterrados 1.102 dos 1.117 marinheiros mortos no encouraçado de mesmo nome durante o ataque surpresa japonês contra a base naval de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941.
Será a primeira visita de um primeiro-ministro do Japão a Pearl Harbor. A esposa de Abe, Akie, esteve no local em agosto para fazer uma oferenda de flores às vítimas do ataque.
A previsão é que Obama e Abe façam pronunciamentos após a visita ao memorial, mas Kritenbrink indicou que não deve haver uma entrevista coletiva conjunta com os dois líderes.
O diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional avaliou que essa visita, nem a que Obama fez à cidade de Hiroshima, alvo de uma bomba nuclear no fim da Segunda Guerra, não teria sido possível há oito anos, quando o atual presidente chegou ao poder.
"Quando o presidente visitou Hiroshima, levou uma mensagem de reconciliação, mostrou que estava comprometido a enfrentar a história. As visitas realmente mostram o milagre e o poder da reconciliação entre os dois países", afirmou Kritenbrink.
Em maio, Obama foi o primeiro presidente dos EUA em exercício a visitar Hiroshima, que há 71 anos foi alvo de uma bomba atômica que matou 140 mil pessoas.
"(As visitas) são uma demonstração poderosa de que os dois países podem superar uma história muito dolorosa e até serem os melhores aliados", destacou o diretor do Conselho de Segurança.
"Obama mostrou que está disposto a encarar os assuntos históricos complicados e não está atado aos eventos do passado, como também vimos em sua política para Cuba", completou.
A lista de convidados para a cerimônia em Pearl Harbor não está fechada, mas a Casa Branca antecipou que haverá a presença de líderes políticos do Havaí, veteranos de guerra e sobreviventes.
O encontro com Abe deve ser o último de Obama com um líder estrangeiro antes de deixar o poder, já que Donald Trump será empossado no próximo dia 20 de janeiro.
Questionado se os avanços na relação entre EUA e Japão estão ameaçadas com a chegada do republicado ao poder, Kritenbrink desconversou, mas afirmou que a transferência de poderes está ocorrendo de forma "fluente".
"Tem uma relevância histórica, prestar respeito aos mortos da época e ressaltar a reconciliação de dois adversários que passam a ser aliados próximos, não só desde a Segunda Guerra, mas especialmente durante o governo de Obama", disse nesta quarta-feira em entrevista coletiva o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Daniel Kritenbrink.
Obama, que passa as férias de Natal no Havaí com a família, terá um encontro com Abe na manhã de terça-feira. Os dois discutirão esforços para fortalecer a aliança bilateral, as conquistas de cooperação em segurança e economia nos últimos quatro anos.
Depois da reunião, os dois visitarão o Memorial USS Arizona, em Honolulu, no Havaí, onde foram enterrados 1.102 dos 1.117 marinheiros mortos no encouraçado de mesmo nome durante o ataque surpresa japonês contra a base naval de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941.
Será a primeira visita de um primeiro-ministro do Japão a Pearl Harbor. A esposa de Abe, Akie, esteve no local em agosto para fazer uma oferenda de flores às vítimas do ataque.
A previsão é que Obama e Abe façam pronunciamentos após a visita ao memorial, mas Kritenbrink indicou que não deve haver uma entrevista coletiva conjunta com os dois líderes.
O diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional avaliou que essa visita, nem a que Obama fez à cidade de Hiroshima, alvo de uma bomba nuclear no fim da Segunda Guerra, não teria sido possível há oito anos, quando o atual presidente chegou ao poder.
"Quando o presidente visitou Hiroshima, levou uma mensagem de reconciliação, mostrou que estava comprometido a enfrentar a história. As visitas realmente mostram o milagre e o poder da reconciliação entre os dois países", afirmou Kritenbrink.
Em maio, Obama foi o primeiro presidente dos EUA em exercício a visitar Hiroshima, que há 71 anos foi alvo de uma bomba atômica que matou 140 mil pessoas.
"(As visitas) são uma demonstração poderosa de que os dois países podem superar uma história muito dolorosa e até serem os melhores aliados", destacou o diretor do Conselho de Segurança.
"Obama mostrou que está disposto a encarar os assuntos históricos complicados e não está atado aos eventos do passado, como também vimos em sua política para Cuba", completou.
A lista de convidados para a cerimônia em Pearl Harbor não está fechada, mas a Casa Branca antecipou que haverá a presença de líderes políticos do Havaí, veteranos de guerra e sobreviventes.
O encontro com Abe deve ser o último de Obama com um líder estrangeiro antes de deixar o poder, já que Donald Trump será empossado no próximo dia 20 de janeiro.
Questionado se os avanços na relação entre EUA e Japão estão ameaçadas com a chegada do republicado ao poder, Kritenbrink desconversou, mas afirmou que a transferência de poderes está ocorrendo de forma "fluente".
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