Trump classifica atentado em Berlim como "ataque à humanidade"

Miami, 21 dez (EFE).- O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a classificar como um "ataque à humanidade" o atentado em Berlim na última segunda-feira, quando um homem invadiu uma feira natalina com um caminhão e matou 12 pessoas.

"É um ataque à humanidade. Um ataque à humanidade e que tem que ser detido", disse Trump sobre o atentado, que também deixou mais de 40 feridos, e que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Em entrevista na Flórida, onde está passando os dias antes do Natal, Trump reafirmou os planos de criar um registro de muçulmanos e implantar um controle estrito de pessoas de algumas nacionalidades.

"Vocês conhecem meus planos. Durante todo esse tempo, provei que tenho razão, que estou 100% correto. O que está ocorrendo é vergonhoso", afirmou o presidente eleito em breve entrevista em um clube de sua propriedade em Palm Beach.

As autoridades da Alemanha buscam o suposto autor do ataque, um jovem, de 24 anos, identificado como Anis Amri. Uma recompensa de 100 mil euros foi oferecida para quem der informações que possam levar à prisão do suspeito. Ele teria sido o motorista do caminhão que atropelou dezenas de pessoas em Berlim.

Trump revelou que não falou sobre o atentado com o presidente dos EUA, Barack Obama, com que não conversa a dois dias.

O incidente de Berlim ocorreu no mesmo dia em que o embaixador russo na Turquia, Andrey Karlov, foi assassinado em uma exposição fotográfica por disparos feitos por um policial turco, que fez um discurso defendendo os moradores de Aleppo.

Depois do ataque em Ancara, Trump classificou a morte do diplomata russo como uma "violação de todas as regras da ordem civilizada" e que deve ser "condenada mundialmente".