"Nos abstivemos porque resolução condena violência e colônias", diz Kerry
Washington, 23 dez (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, explicou nesta sexta-feira que o país se absteve de vetar a polêmica resolução que condena os assentamentos de Israel no território ocupado da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental porque o texto também critica a violência do lado palestino.
"Embora não estejamos de acordo com todos os aspectos desta resolução, ela condena corretamente a violência, a incitação e os assentamentos, e chama as duas partes a dar passos construtivos para reverter as tendências atuais e avançar rumo à solução de dois Estados", disse Kerry em comunicado.
"(O texto) não procura impor às partes uma solução para o conflito. Reserva para as partes a negociação final do conflito", completa a nota, divulgada para explicar um voto criticado por Israel e pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que tinha pedido o governo de Barack Obama para que vetasse a resolução.
"Hoje, os EUA atuaram com um objetivo principal em mente: preservar a possibilidade da solução de dois Estados, defendida pelo país há décadas como o único caminho para conseguir uma paz justa e duradoura entre israelenses e palestinos", afirmou Kerry.
O chefe da diplomacia dos EUA disse considerar que tanto os assentamentos israelenses como a violência dos palestinos "põem em risco" a solução de dois Estados.
"Por isso não podemos, com a consciência tranquila, dificultar uma resolução na ONU que deixa claro que ambas as partes devem atuar já para preservar a possibilidade de paz", justifica Kerry.
Um alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu anonimato, disse que a abstenção ocorreu porque a resolução trata das colônias judaicas em território ocupado e também da violência cometida pelos palestinos na região.
"Ela (a resolução) não é sobre os assentamentos. Também pede que os líderes palestinos condenem o terrorismo e a incitação à violência", indicou o funcionário.
Os EUA consideram que Israel não atendeu aos repetidos avisos de que os assentamentos aumentariam o isolamento israelense na comunidade internacional. Além disso, critica a postura do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que não aceita dialogar sobre a política de colônias nas negociações.
"Vivemos preocupados que os assentamentos estejam se expandindo e, nesse contexto, não podemos com a consciência tranquila vetar uma resolução que expressa exatamente isso", completou.
A resolução aprovada hoje na ONU é a primeira do Conselho de Segurança sobre o conflito desde 2009 e ocorre em um momento no qual o processo de paz está totalmente bloqueado.
"Embora não estejamos de acordo com todos os aspectos desta resolução, ela condena corretamente a violência, a incitação e os assentamentos, e chama as duas partes a dar passos construtivos para reverter as tendências atuais e avançar rumo à solução de dois Estados", disse Kerry em comunicado.
"(O texto) não procura impor às partes uma solução para o conflito. Reserva para as partes a negociação final do conflito", completa a nota, divulgada para explicar um voto criticado por Israel e pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que tinha pedido o governo de Barack Obama para que vetasse a resolução.
"Hoje, os EUA atuaram com um objetivo principal em mente: preservar a possibilidade da solução de dois Estados, defendida pelo país há décadas como o único caminho para conseguir uma paz justa e duradoura entre israelenses e palestinos", afirmou Kerry.
O chefe da diplomacia dos EUA disse considerar que tanto os assentamentos israelenses como a violência dos palestinos "põem em risco" a solução de dois Estados.
"Por isso não podemos, com a consciência tranquila, dificultar uma resolução na ONU que deixa claro que ambas as partes devem atuar já para preservar a possibilidade de paz", justifica Kerry.
Um alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu anonimato, disse que a abstenção ocorreu porque a resolução trata das colônias judaicas em território ocupado e também da violência cometida pelos palestinos na região.
"Ela (a resolução) não é sobre os assentamentos. Também pede que os líderes palestinos condenem o terrorismo e a incitação à violência", indicou o funcionário.
Os EUA consideram que Israel não atendeu aos repetidos avisos de que os assentamentos aumentariam o isolamento israelense na comunidade internacional. Além disso, critica a postura do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que não aceita dialogar sobre a política de colônias nas negociações.
"Vivemos preocupados que os assentamentos estejam se expandindo e, nesse contexto, não podemos com a consciência tranquila vetar uma resolução que expressa exatamente isso", completou.
A resolução aprovada hoje na ONU é a primeira do Conselho de Segurança sobre o conflito desde 2009 e ocorre em um momento no qual o processo de paz está totalmente bloqueado.
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