Por causa de tweet, polícia turca detém jornalista crítico com o governo
Istambul, 29 dez (EFE).- A polícia da Turquia prendeu nesta quinta-feira o jornalista Ahmet Sik, após uma ordem de detenção emitida pela promotoria de Istambul, por causa de uma publicação do jornalista no Twitter.
"Estou detido. Parece que me levarão à promotoria por um tweet", publicou o próprio Sik nessa rede social.
Segundo o jornal "Hürriyet", a promotoria acusa o profissional de comunicação de "insultar publicamente a República da Turquia, os órgãos judiciais, militares e policiais" e "fazer propaganda de uma organização terrorista" em seus artigos e publicações no Twitter.
Sik, um dos jornalistas investigativos mais conhecidos do país, esteve preso no ano de 2011 por publicar um livro crítico com a organização do clérigo islamita Fethullah Gülen, o homem acusado pelo governo turco de estar por trás da tentativa de golpe de Estado de julho deste ano.
Gülen e seus correligionários - que tiveram cargos de destaque no Poder Judiciário, na polícia e no exército - foram aliados próximos do islamita e governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, sigla em turco) até que uma luta de poder explodiu em 2013.
Em dezembro daquele ano, vazaram gravações de voz que envolviam em casos de corrupção pessoas próximas do atual presidente - que na época era primeiro-ministro -, Recep Tayyip Erdogan, e este acusou Gülen de tentar derrubá-lo com "um golpe judicial".
Segundo a Plataforma de Apoio a Jornalistas Detidos (TGDP, sigla em truco), atualmente há 128 jornalistas sentenciados à prisão ou em prisão preventiva na Turquia, quase a metade deles por acusações de pertencer ao império midiático criado por Fethullah Gülen.
A Turquia é o país com mais profissionais de informação detidos, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
"Estou detido. Parece que me levarão à promotoria por um tweet", publicou o próprio Sik nessa rede social.
Segundo o jornal "Hürriyet", a promotoria acusa o profissional de comunicação de "insultar publicamente a República da Turquia, os órgãos judiciais, militares e policiais" e "fazer propaganda de uma organização terrorista" em seus artigos e publicações no Twitter.
Sik, um dos jornalistas investigativos mais conhecidos do país, esteve preso no ano de 2011 por publicar um livro crítico com a organização do clérigo islamita Fethullah Gülen, o homem acusado pelo governo turco de estar por trás da tentativa de golpe de Estado de julho deste ano.
Gülen e seus correligionários - que tiveram cargos de destaque no Poder Judiciário, na polícia e no exército - foram aliados próximos do islamita e governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, sigla em turco) até que uma luta de poder explodiu em 2013.
Em dezembro daquele ano, vazaram gravações de voz que envolviam em casos de corrupção pessoas próximas do atual presidente - que na época era primeiro-ministro -, Recep Tayyip Erdogan, e este acusou Gülen de tentar derrubá-lo com "um golpe judicial".
Segundo a Plataforma de Apoio a Jornalistas Detidos (TGDP, sigla em truco), atualmente há 128 jornalistas sentenciados à prisão ou em prisão preventiva na Turquia, quase a metade deles por acusações de pertencer ao império midiático criado por Fethullah Gülen.
A Turquia é o país com mais profissionais de informação detidos, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
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