Negociadores dizem que Europa tem muito o que ganhar no acordo UE-Mercosul
Paris, 20 fev (EFE).- Negociadores comerciais do Brasil e da Argentina destacaram nesta segunda-feira que a Europa tem muito a ganhar com um acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, e tentaram eliminar todo o temor sobre a questão da agricultura.
"A agricultura europeia tem competitividade global. Não há, por parte do Mercosul, uma competitividade avassaladora nessa matéria", ressaltou o negociador-chefe do governo brasileiro, Ronaldo Costa Filho, em reunião organizada na embaixada do país em Paris.
Costa reconheceu que desde 1995, quando foi iniciado o primeiro processo de negociação entre os dois blocos, o Mercosul já entendeu que a agricultura é um tema muito sensível na Europa, e em particular na França.
"França e Europa não têm que temer o Mercosul no terreno agrícola", disse o negociador, explicando que os europeus poderiam vender na América do Sul muitos de seus produtos processados.
O responsável brasileiro ressaltou que deixar as coisas como estão "não é uma opção". Além disso, ele disse que o Mercosul está buscando novos acordos, com a EFTA (países europeus fora da UE), com o Japão e com o Canadá.
O subsecretário de Integração Econômica da Argentina, Daniel Raimondi, disse que os dois blocos são "mais complementares do que concorrentes". "Um acordo permitiria que os europeus tivessem um acesso preferencial ao mercado sul-americano em comparação com outros parceiros comerciais", afirmou.
Sobre o obstáculo da agricultura, Raimondi disse que não é possível obter um acordo satisfatório com equilíbrio em cada setor, mas sim firmar um compromisso globalmente equilibrado.
"As duas partes têm a vontade política de chegar a um acordo, não ao melhor acordo, mas um acordo possível", disse.
A diretora da seção internacional do sindicato patronal Mouvement des entreprises de France (Medef), Christine Lepage, reconheceu que o Mercosul é uma "região prioritária para Europa", já que é o primeiro parceiro comercial e primeiro investidor do continente. No entanto, criticou que o bloco segue "particularmente fechado para nossas empresas".
Lepage, que lembrou que as empresas francesas instaladas no Brasil empregam 500 mil pessoas, também lamentou que as empresas quase não têm informações sobre as negociações em andamento.
A próxima reunião para as negociações entre UE e Mercosul vai ocorrer em Buenos Aires no fim de março. Depois, haverá outro encontro em Bruxelas, em junho e julho.
"A agricultura europeia tem competitividade global. Não há, por parte do Mercosul, uma competitividade avassaladora nessa matéria", ressaltou o negociador-chefe do governo brasileiro, Ronaldo Costa Filho, em reunião organizada na embaixada do país em Paris.
Costa reconheceu que desde 1995, quando foi iniciado o primeiro processo de negociação entre os dois blocos, o Mercosul já entendeu que a agricultura é um tema muito sensível na Europa, e em particular na França.
"França e Europa não têm que temer o Mercosul no terreno agrícola", disse o negociador, explicando que os europeus poderiam vender na América do Sul muitos de seus produtos processados.
O responsável brasileiro ressaltou que deixar as coisas como estão "não é uma opção". Além disso, ele disse que o Mercosul está buscando novos acordos, com a EFTA (países europeus fora da UE), com o Japão e com o Canadá.
O subsecretário de Integração Econômica da Argentina, Daniel Raimondi, disse que os dois blocos são "mais complementares do que concorrentes". "Um acordo permitiria que os europeus tivessem um acesso preferencial ao mercado sul-americano em comparação com outros parceiros comerciais", afirmou.
Sobre o obstáculo da agricultura, Raimondi disse que não é possível obter um acordo satisfatório com equilíbrio em cada setor, mas sim firmar um compromisso globalmente equilibrado.
"As duas partes têm a vontade política de chegar a um acordo, não ao melhor acordo, mas um acordo possível", disse.
A diretora da seção internacional do sindicato patronal Mouvement des entreprises de France (Medef), Christine Lepage, reconheceu que o Mercosul é uma "região prioritária para Europa", já que é o primeiro parceiro comercial e primeiro investidor do continente. No entanto, criticou que o bloco segue "particularmente fechado para nossas empresas".
Lepage, que lembrou que as empresas francesas instaladas no Brasil empregam 500 mil pessoas, também lamentou que as empresas quase não têm informações sobre as negociações em andamento.
A próxima reunião para as negociações entre UE e Mercosul vai ocorrer em Buenos Aires no fim de março. Depois, haverá outro encontro em Bruxelas, em junho e julho.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.