Alheia aos direitos humanos, Coreia do Norte segue sua corrida armamentista
Paris, 22 fev (EFE).- O enigmático regime da Coreia do Norte continua mais preocupado com sua corrida armamentista e o desenvolvimento de mísseis nucleares do que com os direitos humanos, terreno no qual não avançou no último ano.
Esta é uma das conclusões do último relatório da Anistia Internacional (AI) apresentado nesta quarta-feira (data local) em Paris, no qual constata as graves consequências para a população por conta da política belicista do regime, ao qual a comunidade internacional impôs fortes sanções econômicas.
O país asiático, o último elo da Guerra Fria e governado com mão de ferro por Kim Jong-un, "continuou promovendo violações em quase todos os aspectos de seus direitos humanos. Deteve e condenou pessoas, tanto norte-coreanas como estrangeiras, por crimes não reconhecidos internacionalmente como tais", assegura o relatório.
Uma das maiores preocupações da ONG sobre a situação do país se baseia nas consequências das restrições que as sanções internacionais causam sobre a população.
Isso gerou temor pelo aumento da escassez alimentícia em uma nação já castigada por crises de fome recorrentes. Além disso, e segundo o Programa Mundial de Alimentos, as graves inundações ocorridas em agosto do ano passado deixaram pelo menos 138 mortos e 69 mil deslocados.
E embora tenha pedido ajuda humanitária, a resposta foi mínima pela desconfiança internacional a respeito do programa nuclear do país.
Em maio, o Partido dos Trabalhadores de Coreia realizou seu congresso pela primeira vez em 36 anos e convidou jornalistas internacionais, ainda que sob rigorosas restrições e não fosse permitido informar sobre as reuniões do congresso.
Por outro lado, por mediação de empresas estatais, o governo enviou pelo menos 50 mil cidadãos para trabalhar em 40 países, como Angola, China, Kuwait, Catar e Rússia, em setores como medicina, construção, silvicultura e hotelaria.
Estes trabalhadores recebiam seus salários através do governo, que deduzia somas consideráveis, denuncia a AI.
Além disso, eram privados de informações sobre a legislação e os direitos trabalhistas desses países e frequentemente impedidos de procurar organizações que defendessem tais direitos ou ajudassem a reclamá-los.
A AI também denuncia que foram condenados tanto norte-coreanos como estrangeiros a duras penas de prisão em julgamentos injustos.
Um caso que ganhou notoriedade foi o de Frederick Otto Warmbier, estudante americano declarado culpado por "subversão", apesar de reconhecer ter roubado um cartaz de propaganda, e que foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
Até 120 mil pessoas continuavam detidas em 2016 nos quatro campos penitenciários para presos políticos, onde eram submetidas a violações de direitos humanos sistemáticas, generalizadas e graves, que em alguns casos constituíam crimes de contra a humanidade.
Enquanto isso, o governo realizou testes nucleares em duas ocasiões (em janeiro e setembro), o que aumentou a tensão entre o país e a comunidade internacional, que tenta pressionar com sanções e isolamento o imperturbável regime de Kim Jong-un.
Esta é uma das conclusões do último relatório da Anistia Internacional (AI) apresentado nesta quarta-feira (data local) em Paris, no qual constata as graves consequências para a população por conta da política belicista do regime, ao qual a comunidade internacional impôs fortes sanções econômicas.
O país asiático, o último elo da Guerra Fria e governado com mão de ferro por Kim Jong-un, "continuou promovendo violações em quase todos os aspectos de seus direitos humanos. Deteve e condenou pessoas, tanto norte-coreanas como estrangeiras, por crimes não reconhecidos internacionalmente como tais", assegura o relatório.
Uma das maiores preocupações da ONG sobre a situação do país se baseia nas consequências das restrições que as sanções internacionais causam sobre a população.
Isso gerou temor pelo aumento da escassez alimentícia em uma nação já castigada por crises de fome recorrentes. Além disso, e segundo o Programa Mundial de Alimentos, as graves inundações ocorridas em agosto do ano passado deixaram pelo menos 138 mortos e 69 mil deslocados.
E embora tenha pedido ajuda humanitária, a resposta foi mínima pela desconfiança internacional a respeito do programa nuclear do país.
Em maio, o Partido dos Trabalhadores de Coreia realizou seu congresso pela primeira vez em 36 anos e convidou jornalistas internacionais, ainda que sob rigorosas restrições e não fosse permitido informar sobre as reuniões do congresso.
Por outro lado, por mediação de empresas estatais, o governo enviou pelo menos 50 mil cidadãos para trabalhar em 40 países, como Angola, China, Kuwait, Catar e Rússia, em setores como medicina, construção, silvicultura e hotelaria.
Estes trabalhadores recebiam seus salários através do governo, que deduzia somas consideráveis, denuncia a AI.
Além disso, eram privados de informações sobre a legislação e os direitos trabalhistas desses países e frequentemente impedidos de procurar organizações que defendessem tais direitos ou ajudassem a reclamá-los.
A AI também denuncia que foram condenados tanto norte-coreanos como estrangeiros a duras penas de prisão em julgamentos injustos.
Um caso que ganhou notoriedade foi o de Frederick Otto Warmbier, estudante americano declarado culpado por "subversão", apesar de reconhecer ter roubado um cartaz de propaganda, e que foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
Até 120 mil pessoas continuavam detidas em 2016 nos quatro campos penitenciários para presos políticos, onde eram submetidas a violações de direitos humanos sistemáticas, generalizadas e graves, que em alguns casos constituíam crimes de contra a humanidade.
Enquanto isso, o governo realizou testes nucleares em duas ocasiões (em janeiro e setembro), o que aumentou a tensão entre o país e a comunidade internacional, que tenta pressionar com sanções e isolamento o imperturbável regime de Kim Jong-un.
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