Goberno e oposição têm "responsabilidade histórica" de conseguir paz na Síria
Genebra, 23 fev (EFE).- O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, advertiu nesta quinta-feira que as delegações do governo e da oposição que se reúnem em um novo processo diplomático em Genebra têm "a responsabilidade histórica" de conseguir a paz no país árabe.
"Esta é uma oportunidade e vocês têm a responsabilidade de encontrar um entendimento. Têm uma responsabilidade histórica de não condenar gerações futuras a mais anos de um conflito sangrento", disse De Mistura em uma cerimônia de boas-vindas às partes em conflito.
No ato participaram as duas delegações, a governamental e a que reúne a oposição política e as facções militares, que pela primeira vez se sentaram em uma mesma sala, dado que nas negociações anteriores os contatos foram sempre indiretos.
Na primeira fila da delegação governamental estava o embaixador da Síria perante a ONU, Bashar al Jaafari, que é o chefe negociador do regime.
No lado oposto se sentava Nasser Hariri, o novo chefe de delegação da Comissão Suprema das Negociações (CSN), que agrupa a oposição.
De Mistura insistiu no fato de que, apesar da composição da CSN ser mais plural desta vez - inclui 50% de representantes de grupos armados e formações menos críticas ao regime -, os opositores ainda devem fazer mais esforços para unificar posturas.
O mediador comentou que se o processo de diálogo avançasse, poderia "deixar de ver violações maciças de direitos humanos, deixar de ver milhares de pessoas abandonando seus lares e sua pátria, deixar de ver como cresce o terrorismo".
Esta é mais uma das inúmeras rodadas de negociação sobre a Síria, em um esforço diplomático patrocinado pela ONU para tentar dar fim a uma guerra, que em breve entrará em seu sexto ano e que matou 400 mil pessoas e deslocou metade da população do país.
A última tentativa fracassou em abril do ano passado por conta das incessantes violações ao cessar-fogo em vigor naquele momento, por isso De Mistura pediu às partes que se estimulem.
"Temos muito trabalho a fazer e o trabalho deve começar agora, há muito a fazer enquanto a cessação das hostilidades se mantém", disse.
"Caso contrário veremos mais atrocidades, mais refugiados, mais terrorismo", repetiu o enviado especial da ONU, que lembrou que aos sírios o que interessa é que "o pesadelo acabe".
De Mistura ressaltou que o conflito sírio se expandiu à região e ao mundo e indicou que na sala se encontravam os representantes do Grupo Internacional de Apoio à Síria - ISSG, que agrupa países com influência e interesse na Síria - "para mostrar o compromisso da comunidade internacional com o fim da guerra e uma saída política".
O diplomata assumiu que "não espera milagres" e que o caminho "não será fácil", mas se mostrou convencido de que o diálogo pode prosperar.
"Esta é uma oportunidade e vocês têm a responsabilidade de encontrar um entendimento. Têm uma responsabilidade histórica de não condenar gerações futuras a mais anos de um conflito sangrento", disse De Mistura em uma cerimônia de boas-vindas às partes em conflito.
No ato participaram as duas delegações, a governamental e a que reúne a oposição política e as facções militares, que pela primeira vez se sentaram em uma mesma sala, dado que nas negociações anteriores os contatos foram sempre indiretos.
Na primeira fila da delegação governamental estava o embaixador da Síria perante a ONU, Bashar al Jaafari, que é o chefe negociador do regime.
No lado oposto se sentava Nasser Hariri, o novo chefe de delegação da Comissão Suprema das Negociações (CSN), que agrupa a oposição.
De Mistura insistiu no fato de que, apesar da composição da CSN ser mais plural desta vez - inclui 50% de representantes de grupos armados e formações menos críticas ao regime -, os opositores ainda devem fazer mais esforços para unificar posturas.
O mediador comentou que se o processo de diálogo avançasse, poderia "deixar de ver violações maciças de direitos humanos, deixar de ver milhares de pessoas abandonando seus lares e sua pátria, deixar de ver como cresce o terrorismo".
Esta é mais uma das inúmeras rodadas de negociação sobre a Síria, em um esforço diplomático patrocinado pela ONU para tentar dar fim a uma guerra, que em breve entrará em seu sexto ano e que matou 400 mil pessoas e deslocou metade da população do país.
A última tentativa fracassou em abril do ano passado por conta das incessantes violações ao cessar-fogo em vigor naquele momento, por isso De Mistura pediu às partes que se estimulem.
"Temos muito trabalho a fazer e o trabalho deve começar agora, há muito a fazer enquanto a cessação das hostilidades se mantém", disse.
"Caso contrário veremos mais atrocidades, mais refugiados, mais terrorismo", repetiu o enviado especial da ONU, que lembrou que aos sírios o que interessa é que "o pesadelo acabe".
De Mistura ressaltou que o conflito sírio se expandiu à região e ao mundo e indicou que na sala se encontravam os representantes do Grupo Internacional de Apoio à Síria - ISSG, que agrupa países com influência e interesse na Síria - "para mostrar o compromisso da comunidade internacional com o fim da guerra e uma saída política".
O diplomata assumiu que "não espera milagres" e que o caminho "não será fácil", mas se mostrou convencido de que o diálogo pode prosperar.
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