Oposição síria insiste em criar de órgão de transição para resolver conflito
Genebra, 24 fev (EFE).- A oposição na Síria afirmou nesta sexta-feira que ouviu "ideias positivas" do mediador da ONU para o conflito, Staffan de Mistura, mas ressaltou a necessidade da criação de um órgão executivo de transição para solucionar a crise no país e não um governo de unidade.
"Em geral, a reunião foi positiva e abordamos os termos de referência de uma solução política, que são o Comunicado de Genebra e as resoluções 2118 e 2254 do Conselho de Segurança", disse Nasser Hariri, o novo chefe de delegação da Comissão Suprema de Negociações (CNS), uma coalizão de grupos opositores na Síria e no exílio.
"Ouvimos ideias e sugestões positivas de De Mistura, e acredito que ele está mais entusiasmado desta vez sobre abordar seriamente uma transição política na Síria. No entanto, ele não citou passos ou medidas específicas", disse Hariri.
O líder da CNS, porém, expôs ao enviado especial da ONU que a coalizão entende por transição política e pediu ao diplomata que implemente as resoluções necessárias sobre o assunto.
Hariri deu especial importância no Comunicado de Genebra, documento aprovado em junho de 2012, que estipula a criação de um órgão executivo interno na Síria, com a presença de membros do regime e da oposição que não tenham as mãos manchadas de sangue.
"O período político começará quando se formar um órgão de poder de transição. Isso é o que transição política significa para nós", explicou Hariri.
Dessa forma, o líder da oposição rejeitou a criação de um governo de união nacional, como propôs o regime de Al Assad, e pediu a De Mistura que aplique as resoluções internacionais sobre o tema.
Hariri também disse que a forma como as negociações irão ocorrer, seja de maneira direta ou indireta, ainda estão em discussão. Ele também conversou com De Mistura sobre a situação humanitária no país e o cessar-fogo em vigor desde dezembro, assim como sobre as "contínuas violações por parte do regime e seus aliados".
"Diante da quantidade de massacres na Síria, que são muito graves, a comunidade internacional mantém o silêncio, sem dar nenhum passo prático para garantir o fim dessas atrocidades", disse Hariri. EFE
cai/lvl
(vídeo)
"Em geral, a reunião foi positiva e abordamos os termos de referência de uma solução política, que são o Comunicado de Genebra e as resoluções 2118 e 2254 do Conselho de Segurança", disse Nasser Hariri, o novo chefe de delegação da Comissão Suprema de Negociações (CNS), uma coalizão de grupos opositores na Síria e no exílio.
"Ouvimos ideias e sugestões positivas de De Mistura, e acredito que ele está mais entusiasmado desta vez sobre abordar seriamente uma transição política na Síria. No entanto, ele não citou passos ou medidas específicas", disse Hariri.
O líder da CNS, porém, expôs ao enviado especial da ONU que a coalizão entende por transição política e pediu ao diplomata que implemente as resoluções necessárias sobre o assunto.
Hariri deu especial importância no Comunicado de Genebra, documento aprovado em junho de 2012, que estipula a criação de um órgão executivo interno na Síria, com a presença de membros do regime e da oposição que não tenham as mãos manchadas de sangue.
"O período político começará quando se formar um órgão de poder de transição. Isso é o que transição política significa para nós", explicou Hariri.
Dessa forma, o líder da oposição rejeitou a criação de um governo de união nacional, como propôs o regime de Al Assad, e pediu a De Mistura que aplique as resoluções internacionais sobre o tema.
Hariri também disse que a forma como as negociações irão ocorrer, seja de maneira direta ou indireta, ainda estão em discussão. Ele também conversou com De Mistura sobre a situação humanitária no país e o cessar-fogo em vigor desde dezembro, assim como sobre as "contínuas violações por parte do regime e seus aliados".
"Diante da quantidade de massacres na Síria, que são muito graves, a comunidade internacional mantém o silêncio, sem dar nenhum passo prático para garantir o fim dessas atrocidades", disse Hariri. EFE
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