Justiça decreta prisão preventiva de jornalista alemão detido na Turquia
Istambul, 27 fev (EFE).- Um juiz de Istambul decidiu decretar nesta segunda-feira prisão preventiva ao jornalista Deniz Yücel, correspondente do jornal alemão "Die Welt" na Turquia, detido no dia 14 de fevereiro sob a acusação de "propaganda terrorista".
O jornalista, que possui dupla nacionalidade - alemã e turca -, é acusado de "incitação ao ódio" e de "fazer propaganda para uma organização terrorista", em referência ao grupo marxista DHKP-C, ao partido comunista MLKP, e à guerrilha curda PKK.
O vice-presidente do opositor Partido Republicano do Povo (CHP), Sezgin Tanrikulu, que acompanhou a audiência, indicou em sua conta no Twitter que o promotor perguntou a Yücel exclusivamente sobre sua atividade jornalística e que o alemão foi preso unicamente por isso.
Yücel foi detido em uma investigação sobre uma invasão ao e-mail do ministro da Energia, Berat Albayrak, genro do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, atribuída ao grupo clandestino RedHack, notícia que foi publicada pelo jornalista.
O caso teve grande repercussão na Alemanha. No dia 18 de fevereiro, a chanceler Angela Merkel, pediu ao primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, que garantisse um processo limpo e o respeito do Estado de direito.
Após a decisão da justiça, o titular das Relações Exteriores e vice-chanceler do governo alemão, Sigmar Gabriel, prometeu atuar com "firmeza" até que o jornalista seja libertado e ressaltou que a Turquia vive "dias dramáticos".
"As notícias de Istambul me decepcionam enormemente. Após duas semanas de detenção, agora foi decretada prisão preventiva por tempo indeterminado contra Yücel", lamentou Gabriel em comunicado.
Aproximadamente 150 jornalistas estão atualmente presos na Turquia, seja de forma preventiva ou cumprindo sentença.
O jornalista, que possui dupla nacionalidade - alemã e turca -, é acusado de "incitação ao ódio" e de "fazer propaganda para uma organização terrorista", em referência ao grupo marxista DHKP-C, ao partido comunista MLKP, e à guerrilha curda PKK.
O vice-presidente do opositor Partido Republicano do Povo (CHP), Sezgin Tanrikulu, que acompanhou a audiência, indicou em sua conta no Twitter que o promotor perguntou a Yücel exclusivamente sobre sua atividade jornalística e que o alemão foi preso unicamente por isso.
Yücel foi detido em uma investigação sobre uma invasão ao e-mail do ministro da Energia, Berat Albayrak, genro do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, atribuída ao grupo clandestino RedHack, notícia que foi publicada pelo jornalista.
O caso teve grande repercussão na Alemanha. No dia 18 de fevereiro, a chanceler Angela Merkel, pediu ao primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, que garantisse um processo limpo e o respeito do Estado de direito.
Após a decisão da justiça, o titular das Relações Exteriores e vice-chanceler do governo alemão, Sigmar Gabriel, prometeu atuar com "firmeza" até que o jornalista seja libertado e ressaltou que a Turquia vive "dias dramáticos".
"As notícias de Istambul me decepcionam enormemente. Após duas semanas de detenção, agora foi decretada prisão preventiva por tempo indeterminado contra Yücel", lamentou Gabriel em comunicado.
Aproximadamente 150 jornalistas estão atualmente presos na Turquia, seja de forma preventiva ou cumprindo sentença.
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