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China tomará "medidas necessárias" contra sistema antimíssil na Coreia do Sul

28/02/2017 08h55

Pequim, 28 fev (EFE).- O governo da China advertiu nesta terça-feira que adotará "as medidas necessárias" para proteger seus interesses contra o sistema antimísseis dos Estados Unidos THAAD na Coreia do Sul, cujo processo de instalação será acelerado após a compra dos terrenos que abrigarão este escudo por parte de Seul.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, reprovou hoje a atitude "desrespeitosa" da Coreia do Sul com Pequim por "insistir em trabalhar com os Estados Unidos e acelerar o processo de instalação" do THAAD, sem levar em conta a "forte oposição" da China.

"Tomaremos as medidas necessárias para proteger nossos próprios interesses em matéria de segurança", garantiu o porta-voz em entrevista coletiva, pouco depois que o Executivo sul-coreano formalizou a compra dos terrenos que abrigarão o escudo.

Geng pediu aos países envolvidos que "interrompam o processo" e evitem dar mais passos nesse sentido.

A Coreia do Sul assinou hoje o acordo com o conglomerado empresarial Lotte, que lhe cederá os terrenos do Lotte Skyhill Country Club, 18 quilômetros ao norte da cidade de Seongju e cerca de 300 quilômetros a sudeste da capital, em troca de uma parcela de propriedade estatal perto de Seul.

Ao ser perguntado por possíveis medidas da China contra o grupo Lotte, o porta-voz das Relações Exteriores garantiu que o país está aberto aos investimentos estrangeiros, sempre e quando as companhias estrangeiras cumprirem com a legislação, e detalhou que seu sucesso dependerá "do mercado chinês e dos consumidores".

Sobre isso, Geng indicou que os países envolvidos devem estar conscientes da oposição da sociedade chinesa em relação ao escudo antimísseis.

O projeto THAAD, que deve ser concluído entre junho e julho, esteve envolvido em polêmica desde o princípio, pois causa forte rejeição tanto na Coreia do Norte, como na China e na Rússia, já que esses países o consideram uma ameaça.