Após mísseis, Seul, Washington e Tóquio decidem aumentar pressão sobre Coreia do Norte
Representantes dos governos de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão coordenaram posições nesta segunda-feira (6) após o lançamento de quatro mísseis balísticos realizado pelo exército da Coreia do Norte.
O responsável do Escritório de Segurança Nacional (NSO) de Seul, Kim Kwan-jin, conversou por telefone com o conselheiro nacional de segurança dos EUA, Herbert R. McMaster, e ambos decidiram aumentar a pressão e as sanções sobre Pyongyang, segundo porta-vozes do governo sul-coreano citados pela agência "Yonhap".
Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yun Byung-se, e seu homólogo japonês, Fumio Kishida, também concordaram, em conversa telefônica, em reforçar a cooperação entre Seul e Tóquio para frear o que consideram provocações do regime de Kim Jong-un.
Além disso, o representante de Seul nas negociações para a desnuclearização da península coreana, Kim Hong-kyun, se reuniu por teleconferência com seus colegas americano, Joseph Yun, e japonês, Kenji Kanasugi.
Os quatro projéteis lançados nesta segunda pela Coreia do Norte de sua costa noroeste voaram cerca 1.000 quilômetros em direção ao leste e caíram no Mar do Japão.
Três deles caíram na Zona Econômica Especial (EEZ) do Japão --espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir da costa japonesa--, perto do litoral da cidade de Akita.
O teste contribui para aumentar ainda mais a tensão na península coreana, onde na semana passada Washington e Seul iniciaram suas manobras militares anuais, as maiores até o momento.
Na sexta-feira (3), a Coreia do Norte ameaçou, através de seu jornal estatal "Rodong Sinmun", realizar novos testes de mísseis em resposta a estes exercícios, que Pyongyang considera um ensaio para invadir seu território.
Depois do registrado em 12 de fevereiro, o lançamento desta segunda é o segundo que a Coreia do Norte realiza desde que seu líder, Kim Jong-un, anunciou em sua mensagem de Ano Novo que Pyongyang estava finalizando o desenvolvimento de um ICBM, uma arma que poderia permitir-lhe no futuro atingir o território americano.
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