Colégios eleitorais abrem na Bulgária para pleitos antecipados
Sófia, 26 mar (EFE).- Os mais de 12.000 colégios eleitorais da Bulgária abriram suas portas neste domingo às 7h (horário local, 1h de Brasília) para os pleitos legislativos antecipados, os terceiros em quatro anos, para os quais estão convocados cerca de 6,8 milhões de cidadãos.
Até o fechamento das urnas às 20h (14h), os eleitores poderão escolher entre 20 partidos e alianças para formar o novo parlamento, de 240 cadeiras.
No entanto, a expectativa é que apenas seis legendas superem o patamar de 4% necessário para entrar na Câmara, que promete ser muito fragmentada, sem que nenhum obtenha a maioria absoluta necessária para governar sozinho.
A antecipação das eleições se tornou necessária pela renúncia do ex-primeiro-ministro Boiko Borisov, líder do conservador Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), que jogou a toalha após o fracasso de sua candidata nas eleições presidenciais de novembro do ano passado.
O GERB do populista Borisov enfrenta agora o opositor Partido Socialista (BSP), de Kornelia Ninova, como seu principal rival, em uma votação que se espera que seja muito apertada.
As pesquisas mais recentes davam uma ligeira vantagem aos conservadores, com 31,2% dos votos, na frente dos socialistas (28,1%).
Caso se confirmem esses resultados, nenhum dos dois partidos teria maioria suficiente para formar governo sozinho e teria que buscar o apoio de, pelo menos, outras duas legendas, já que ambos se recusaram a aliar-se em uma "grande coalizão".
Em terceiro lugar aparece a aliança ultranacionalista Patriotas Unidos, uma coalizão formada no ano passado por três partidos com um forte discurso xenofóbico e antimuçulmano, com cerca de 10% da intenções de voto.
Depois aparece o Movimento de Direitos e Liberdades (DPS), apoiado pela numerosa minoria turca do país balcânico, com 7,6%.
O DPS enfrenta nestas eleições pela primeira vez um rival dentro da comunidade turca, com o novo partido DOST, apoiado pelo governo islamita da Turquia, o que suscitou indignação em quase todo o espectro político búlgaro.
No entanto, os sociólogos dão a DOST poucas possibilidades de superar o patamar de 4% para entrar no parlamento, no qual pela primeira vez, com cerca de 6,5% dos votos, estaria representado o partido Volya (Vontade), fundado no ano passado pela controvertido empresário Veselin Mareshki.
A aliança dos direitistas Bloco Reformador e Voz Popular também pode conseguir superar o 4% necessário para entrar na Câmara.
A formação do futuro governo se apresenta tão complexa, que Borisov chegou a considerar possível um fracasso em qualquer tentativa e não descartou novas eleições após o verão.
Um total de 3.965 observadores de 22 ONGs e 61 observadores de cinco organismos internacionais vigiarão o cumprimento dos padrões de eleições livres e democráticas.
Mais de 14.000 policiais velarão pela ordem pública até o final da jornada, na qual está proibida, além das mensagens políticas, a venda de bebidas alcoólicas nos arredores dos colégios eleitorais. EFE
vp/rsd
Até o fechamento das urnas às 20h (14h), os eleitores poderão escolher entre 20 partidos e alianças para formar o novo parlamento, de 240 cadeiras.
No entanto, a expectativa é que apenas seis legendas superem o patamar de 4% necessário para entrar na Câmara, que promete ser muito fragmentada, sem que nenhum obtenha a maioria absoluta necessária para governar sozinho.
A antecipação das eleições se tornou necessária pela renúncia do ex-primeiro-ministro Boiko Borisov, líder do conservador Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), que jogou a toalha após o fracasso de sua candidata nas eleições presidenciais de novembro do ano passado.
O GERB do populista Borisov enfrenta agora o opositor Partido Socialista (BSP), de Kornelia Ninova, como seu principal rival, em uma votação que se espera que seja muito apertada.
As pesquisas mais recentes davam uma ligeira vantagem aos conservadores, com 31,2% dos votos, na frente dos socialistas (28,1%).
Caso se confirmem esses resultados, nenhum dos dois partidos teria maioria suficiente para formar governo sozinho e teria que buscar o apoio de, pelo menos, outras duas legendas, já que ambos se recusaram a aliar-se em uma "grande coalizão".
Em terceiro lugar aparece a aliança ultranacionalista Patriotas Unidos, uma coalizão formada no ano passado por três partidos com um forte discurso xenofóbico e antimuçulmano, com cerca de 10% da intenções de voto.
Depois aparece o Movimento de Direitos e Liberdades (DPS), apoiado pela numerosa minoria turca do país balcânico, com 7,6%.
O DPS enfrenta nestas eleições pela primeira vez um rival dentro da comunidade turca, com o novo partido DOST, apoiado pelo governo islamita da Turquia, o que suscitou indignação em quase todo o espectro político búlgaro.
No entanto, os sociólogos dão a DOST poucas possibilidades de superar o patamar de 4% para entrar no parlamento, no qual pela primeira vez, com cerca de 6,5% dos votos, estaria representado o partido Volya (Vontade), fundado no ano passado pela controvertido empresário Veselin Mareshki.
A aliança dos direitistas Bloco Reformador e Voz Popular também pode conseguir superar o 4% necessário para entrar na Câmara.
A formação do futuro governo se apresenta tão complexa, que Borisov chegou a considerar possível um fracasso em qualquer tentativa e não descartou novas eleições após o verão.
Um total de 3.965 observadores de 22 ONGs e 61 observadores de cinco organismos internacionais vigiarão o cumprimento dos padrões de eleições livres e democráticas.
Mais de 14.000 policiais velarão pela ordem pública até o final da jornada, na qual está proibida, além das mensagens políticas, a venda de bebidas alcoólicas nos arredores dos colégios eleitorais. EFE
vp/rsd
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.