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Irã impõe sanções contra 15 empresas dos EUA por apoio a Israel

26/03/2017 07h28

Teerã, 26 mar (EFE).- As autoridades do Irã publicaram neste domingo uma lista com 15 empresas dos Estados Unidos que serão punidas por apoio direto ou indireto a Israel e os "crimes na Palestina ocupada".

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Irã informou que qualquer diálogo com essas companhias, a maior parte delas ligada ao setor de armamentos, está proibido, assim como a emissão de vistos para os responsáveis das empresas.

O Irã indicou que a medida é uma resposta às sanções impostas pelos EUA neste ano contra 13 indivíduos e 12 órgãos iranianos ligados ao sistema de mísseis balísticos que o país está testando.

Na nota, Teerã ressalta que as sanções de Washington contrariam o direito internacional e que o desenvolvimento do sistema de defesa iraniano, incluindo o sistema de mísseis, tem como objetivo "exercer o direito à autodefesa contra qualquer agressão externa".

Sobre as empresas americanas na lista, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que elas respaldam "os crimes do regime sionista e suas ações de terrorismo, além de terem um papel na desestabilização da região".

Algumas das companhias punidas são a Raytheon, uma das que mantém mais contratos com o Departamento de Defesa dos EUA, a United Technologies, a ITT Corporation e a Magnum Research Inc.

Apesar do anúncio, a medida é simbólica, já que o Irã não tinha negócios com as empresas da lista. Teerã acusa as companhias de fornecerem armas que foram usadas por Israel na repressão do povo palestino.

As medidas ocorrem dois dias depois de os EUA anunciarem a imposição de sanções a 30 companhias e indivíduos, muitos deles da China e da Rússia, por cooperar com o programa de mísseis iraniano ou violar restrições às exportações ao Irã, Coreia do Norte e Síria.

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, a tensão entre Teerã e Washington cresceu muito. Em janeiro do ano passado, quando o Irã testou um míssil balístico, o presidente republicano alertou que a República Islâmica estava "brincando com fogo".