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PPE pede que UE esteja unida perante Londres durante o "Brexit"

29/03/2017 13h27

Valletta, 29 mar (EFE).- O presidente do Partido Popular Europeu, Joseph Daul, e seu secretário-geral, Antonio López-Istúriz, pediram nesta quarta-feira que os países da União Europeia não deixem de estar unidos perante Londres durante o "Brexit".

"Tivemos que fazer frente já nos últimos tempos a muitos embates e saímos fortelecidos. Unidade e trabalho unidos é o que devemos fazer", afirmou Daul em entrevista coletiva ao início do Congresso do Partido Popular Europeu em Malta.

López-Istúriz apontou, por sua vez, que "a tradição histórica da diplomacia britânica é dividir os países europeus", algo que advertiu "não vai ocorrer desta vez".

"Suponho que hoje ninguém quer destacar como notícia porque é algo positivo, mas a UE está unida: essa é a boa notícia", disse o também eurodeputado do PP.

"Perante o Reino Unido, a Europa está unida", acrescentou.

Os líderes do PPE iniciaram hoje um Congresso de dois dias para discutir o futuro do clube comunitário no contexto da ativação do artigo 50 do tratado da União, a notificação formal do Reino Unido para deixar a União Europeia (UE).

O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy; a chanceler alemã, Angela Merkel; assim como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; o líder do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o do parlamento Europeu, Antonio Tajani, discursarão na quinta-feira para lançar uma mensagem de unidade da UE perante Londres.

Sobre o futuro mais imediato da UE após a ativação do "Brexit", o presidente do PPE destacou a realização iminente das eleições francesas, assim como a proximidade do pleito alemão, e a transcendência do resultado para a UE.

"Vamos fazer tudo para que os populistas não triunfem", afirmou Daul, em referência à candidatura em seu país de Marine le Pen (Frente Nacional).

"Até setembro, após as eleições alemãs, não saberemos qual será o caminho pelo qual a Europa irá avançar", acrescentou o presidente do PPE, que insistiu em advertir contra o populismo "que só afirma os problemas e não dá soluções".