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França e Alemanha destacam responsabilidade de dar rumo à UE após o "Brexit"

30/03/2017 13h15

Paris, 30 mar (EFE).- Os presidentes da França, François Hollande, e da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, destacaram nesta quinta-feira a responsabilidade dos dois países em dar uma direção à União Europeia com vistas a uma maior integração depois do início do processo do "Brexit", a saída do Reino Unido do bloco.

Hollande e Steinmeier, que realizaram um almoço de trabalho em Paris por ocasião da primeira visita oficial ao exterior do novo chefe de Estado da Alemanha, também reforçaram que abordarão em primeiro lugar as condições de saída do Reino Unido da UE nas negociações. Só depois serão discutidas as relações entre as partes.

"Temos uma responsabilidade eminente para dar uma direção à Europa, para construir a Europa do futuro", afirmou o presidente francês em uma declaração conjunta com Steinmeier.

Na mesma linha, o novo presidente alemão reiterou que seu país e a França terão que assumir uma responsabilidade ainda maior para continuar com o processo de integração europeia.

"A Europa deve ser capaz de dar respostas às questões e que ainda não foram encontradas até agora, atendendo às demandas dos cidadãos", afirmou Steinmeier.

Sobre as discussões que serão abertas agora entre Londres e Bruxelas pelo "Brexit", Hollande lembrou as linhas que guiarão a UE para a negociação. Segundo o presidente francês, é preciso primeiro regular a saída do Reino Unido antes de abordar a segunda etapa, na qual se definirá a nova relação entre as duas partes.

Hollande disse que uma questão prioritária da separação são os cidadãos europeus que vivem no Reino Unido e a dos britânicos que vivem em outros países-membros da UE.

Os dois líderes também estabeleceram como tarefa responder "à tentação da saída" e "à armadilha nacionalista", segundo Hollande.

"Estamos também unidos na aspiração de lutar contra toda a forma de terrorismo", afirmou o presidente francês.

Sobre o assunto, Steinmeier mostrou preocupação pela atração percebida em ambos os países por "regimes autoritários" e afirmou que é "preciso lutar contra essa tentação".