Mélenchon pede um gesto de Macron para a esquerda para frear ultradireita
Paris, 30 abr (EFE).- O candidato da extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon, pediu ao social liberal Emmanuel Macron um "gesto" político para seu movimento e alertou que sem diálogo põe em risco suas chances de vencer as eleições presidenciais francesas de 7 de maio contra a ultradireitista Marine Le Pen.
"Ao inés de me insultar e de torcer o braço de meus amigos, por que não faz um gesto, não tenta falar aos insubmissos (membros do movimento esquerdista), por exemplo, retirando sua ideia de reformar a lei do trabalho? Ele aceita seus riscos fazendo o que fez", disse Mélenchon em uma entrevista à emissora de televisão "TF1".
Criticado na França por sua posição incerta sobre o segundo turno, Mélenchon assegurou que está "pronto" para governar a França se ganhar as eleições legislativas de 11 e 18 junho e reforçou que não se deve votar em Le Pen, embora não tenha expressado apoio a Macron.
"Com sete milhões de votos, não posso ser o homem de antes", assegurou o líder do movimento França Insubmissa, que lembrou que, no primeiro turno de 23 de abril, Macron (8,6 milhões de sufrágios, 24,01%) e Le Pen (7,6 milhões, 21,3%) somaram apenas 45% dos votos.
"O mais determinante para o país são as eleições legislativas e vou manobrar para atingir uma maioria parlamentar", antecipou.
Na França, o presidente não tem poder legislativo, que recai na Assembleia.
"No segundo turno, vamos nos livrar de Le Pen e, em um mês, das políticas de Macron, porque este homem é incapaz de dirigir o país", acrescentou.
Mélenchon disse que Marine Le Pen é tão radical quanto seu pai, Jean-Marie - condenado por racismo e "negacionismo" -, e rebateu os que lhe acusam de indefinição na hora de frear a ultradireita.
"Minha posição não é a de "nem-nem" (nem um nem outro). A todos os que me escutam lhes digo que principalmente não votem na FN", a Frente Nacional de Le Pen, destacou.
Mélenchon esclareceu ainda por que sua posição a respeito de frear a ultradireita nestas eleições diferiu tanto da de 2002, quando, ainda como militante socialista, pediu voto para o conservador Jacques Chirac contra Jean-Marie Le Pen "com pregador no nariz".
"Em 2002 pensei que era um acidente. Mas depois em todas as eleições nos fazem votar forçados. Todos esqueceram que nas regionais de 2015 (vencidas pela FN) pedi uma frente republicana (contra a ultradireita). Isto consiste em dar o título de bombeiro aos piromaníacos", assegurou Mélenchon, em alusão às políticas dos partidos tradicionais.
"Ao inés de me insultar e de torcer o braço de meus amigos, por que não faz um gesto, não tenta falar aos insubmissos (membros do movimento esquerdista), por exemplo, retirando sua ideia de reformar a lei do trabalho? Ele aceita seus riscos fazendo o que fez", disse Mélenchon em uma entrevista à emissora de televisão "TF1".
Criticado na França por sua posição incerta sobre o segundo turno, Mélenchon assegurou que está "pronto" para governar a França se ganhar as eleições legislativas de 11 e 18 junho e reforçou que não se deve votar em Le Pen, embora não tenha expressado apoio a Macron.
"Com sete milhões de votos, não posso ser o homem de antes", assegurou o líder do movimento França Insubmissa, que lembrou que, no primeiro turno de 23 de abril, Macron (8,6 milhões de sufrágios, 24,01%) e Le Pen (7,6 milhões, 21,3%) somaram apenas 45% dos votos.
"O mais determinante para o país são as eleições legislativas e vou manobrar para atingir uma maioria parlamentar", antecipou.
Na França, o presidente não tem poder legislativo, que recai na Assembleia.
"No segundo turno, vamos nos livrar de Le Pen e, em um mês, das políticas de Macron, porque este homem é incapaz de dirigir o país", acrescentou.
Mélenchon disse que Marine Le Pen é tão radical quanto seu pai, Jean-Marie - condenado por racismo e "negacionismo" -, e rebateu os que lhe acusam de indefinição na hora de frear a ultradireita.
"Minha posição não é a de "nem-nem" (nem um nem outro). A todos os que me escutam lhes digo que principalmente não votem na FN", a Frente Nacional de Le Pen, destacou.
Mélenchon esclareceu ainda por que sua posição a respeito de frear a ultradireita nestas eleições diferiu tanto da de 2002, quando, ainda como militante socialista, pediu voto para o conservador Jacques Chirac contra Jean-Marie Le Pen "com pregador no nariz".
"Em 2002 pensei que era um acidente. Mas depois em todas as eleições nos fazem votar forçados. Todos esqueceram que nas regionais de 2015 (vencidas pela FN) pedi uma frente republicana (contra a ultradireita). Isto consiste em dar o título de bombeiro aos piromaníacos", assegurou Mélenchon, em alusão às políticas dos partidos tradicionais.
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