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Coreia do Norte confirma seu último teste de mísseis de "alta precisão"

30/05/2017 00h52

(Atualiza com detalhes do lançamento e o envio de bomba atômica pelos EUA).

Seul, 30 mai (EFE).- A Coreia do Norte confirmou nesta terça-feira o lançamento de um míssil balístico que caiu ontem no Mar do Japão e que foi um teste de "um novo sistema de ultra precisão", segundo informou a agência estatal "KCNA".

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, observou uma vez mais o lançamento de um "foguete balístico de precisão guiada e capaz de fazer ataques de ultra precisão", detalhou em inglês a agência de notícias norte-coreana.

A Coreia do Norte disparou, ontem, um míssil de curto alcance no Mar de Japão, o seu novo teste desde tipo neste ano.

"O foguete balístico voou para o leste (...) e atingiu corretamente o alvo planejado com um desvio de sete metros", acrescentou a nota da agência estatal.

O texto também diz que o teste serviu para "verificar a estabilidade em voo" e o sistema de orientação do míssil na "fase de reentrada".

O Estado Maior Conjunto sul-coreano (JCS) já havia anunciado nesta segunda-feira que a Coreia do Norte disparou "pelo menos um míssil" de um design baseado nos Scud soviéticos.

O míssil alcançou uma altura máxima de 120 quilômetros e percorreu 450 quilômetros rumo ao leste antes de cair no Mar do Japão, segundo informou Seul.

O jornal "Rodong Sinmun" publicou hoje várias fotos do lançamento, onde aparecia um "novo" shuttle móvel utilizado para disparar o míssil e também as novas instalações para testes deste tipo, recentemente construída pelo regime no Aeroporto Internacional de Kalma, na cidade de Wonsan.

As fotos também mostram Kim Jong-un ao lado de várias pessoas, que foram identificados pela sua importância no programa de desenvolvimento de mísseis norte-coreano e que no último ano apareceram sempre junto ao líder norte-coreano após os testes.

O último teste de mísseis de Pyongyang, o terceiro em três semanas, voltou a suscitar nesta segunda-feira a condenação da comunidade internacional.

Os insistentes testes armamentistas da Coreia do Norte causaram um aumento da tensão na região e uma escalada verbal com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a insinuar que estuda possíveis ataques preventivos.

A Coreia do Sul confirmou hoje que os Estados Unidos enviaram dois bombardeiros B1-B, perto da fronteira com a Coreia do Norte, poucas horas depois do último lançamento, no que equivale a uma demonstração de força de Washington em resposta ao lançamento do míssil.