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Putin se reunirá com Trump no dia 7 em Hamburgo, por ocasião da Cúpula do G20

04/07/2017 09h01

Moscou, 4 jul (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reunirá no dia 7 de julho com o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, por causa da Cúpula do G20 na cidade de Hamburgo, na Alemanha, informou nesta terça-feira o Kremlin.

"Marcamos o dia 7" de julho, disse Yuri Ushakov, assessor do Kremlin para as relações internacionais.

O Kremlin e a Casa Branca estão negociando a reunião entre ambos os governantes quase desde que Trump assumiu o cargo no princípio do ano. No entanto, desde um primeiro momento, sugeriu-se que o primeiro encontro entre ambos seria durante o G20.

O ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, expressou há alguns dias que acredita que esse encontro deve lançar uma luz sobre as "perspectivas de cooperação" entre ambos os países.

"Vemos com que preocupação a maioria dos países do mundo assiste ao estado atual anormal dessas relações, que se transformaram em refém da luta política interna nos EUA", destacou o ministro russo.

O alto funcionário americano Thomas Shannon se reuniu ontem com o embaixador da Rússia nos EUA, Serguei Kislyak, com o objetivo de desbloquear o diálogo bilateral e reduzir a tensão antes do esperado encontro entre Putin e Trump.

Precisamente, Shannon teve que cancelar na semana passada sua viagem à Rússia depois que o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov, cancelou a reunião que manteriam após as novas sanções impostas por Washington pelo conflito na Ucrânia.

Além disso, a Rússia encerrou em meados de julho a cooperação com os EUA, que foi conseguida através do memorando para evitar incidentes no espaço aéreo da Síria, depois que uma caça norte-americano derrubou um avião sírio de fabricação russa.

A Casa Branca assegurou que não há uma "agenda formal" para a reunião entre os chefes de Estado, mas comentou que o presidente americano quer fomentar "áreas de cooperação" com o Kremlin em assuntos como a ameaça da Coreia do Norte, a guerra na Síria e a campanha contra o Estado Islâmico (EI).

Os assessores de Trump não quiseram esclarecer se o governante falará com Putin sobre as investigações sobre a suposta interferência russa nas eleições presidenciais nos EUA, e sobre as possíveis conexões entre a sua campanha e o Kremlin.