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Antes de reunião com Peña Nieto, Trump insiste que México pague muro

07/07/2017 12h09

Hamburgo (Alemanha), 7 jul (EFE).- O presidente americano, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira, pouco antes de iniciar a primeira reunião lado a lado com o colega mexicano, Enrique Peña Nieto, que ainda deseja que o México pague o muro que ele pretende construir na fronteira sul dos Estados Unidos.

Trump e Peña Nieto posaram para os fotógrafos e, quando a imprensa era convidada a deixar a sala da primeira reunião bilateral entre ambos desde que o republicano assumiu a presidência, uma correspondente perguntou se o americano "ainda quer que o México pague pelo muro", segundo o relato de jornalistas.

"Totalmente", foi a resposta de Trump, que participa junto a Peña Nieto da cúpula do G20 realizada em Hamburgo, no norte da Alemanha.

O encontro bilateral, que começou com mais de uma hora de atraso devido à demora nos debates da cúpula, acontece mais de cinco meses depois de Peña Nieto ter cancelado uma visita à Casa Branca para se reunir com Trump, perante as tensões sobre o muro e a insistência do governante americano para que o país vizinho pagasse a construção.

Antes de iniciar o encontro, ambos os presidentes realizaram uma breve declaração para as câmeras e Trump destacou o "exitoso dia" que tinha tido até o momento.

"Estamos negociando o TLCAN (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) e várias novas coisas com o México e veremos o que acontece, mas acredito que fizemos bons avanços", expressou.

Peña Nieto manifestou o desejo de manter um "diálogo fluido" e continuar trabalhando e cooperando em diversas áreas para a "segurança" dos dois países, especialmente na fronteira.

Além disso, destacou a imigração como um assunto de ambos os governos e ressaltou a necessidade de que as duas partes assumam a responsabilidade na luta contra o crime organizado.

Trump esteve acompanhado na reunião, entre outros, pelo secretário de Estado, Rex Tillerson; pelos representantes do Tesouro, Steve Mnuchin, e de Comércio, Wilbur Ross, e pelo assessor de Segurança Nacional (NSA), H.R. McMaster.