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Líderes opositores comemoram prisão domiciliar para Leopoldo López

08/07/2017 11h30

Caracas, 8 jul (EFE).- Henrique Capriles e outros líderes opositores venezuelanos comemoraram neste sábado a medida de prisão domiciliar que permitiu a saída de Leopoldo López do presídio militar de Ramo Verde, onde estava recluso desde o dia 18 de fevereiro de 2014, e aproveitaram para pedir sua total liberdade.

Capriles expressou na rede social Twitter a "grande alegria" por saber que López está "em casa com a família", e exigiu que a medida substitutiva se transforme em liberdade plena, assim como para "todos os presos políticos".

O pedido do governador do estado de Miranda, feito após saber da saída da prisão do fundador do partido Vontade Popular, se somou às vozes de outros opositores, entre eles o ex-presidente da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) Henry Ramos Allup.

O deputado indicou, em breve mensagem, que a medida substitutiva de prisão domiciliar aplicada a López "deve ser um avanço para a liberdade plena".

O ex-secretário executivo da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) Ramón Guillermo Aveledo expressou "alegria" por Leopoldo López estar com a esposa e os filhos, "ainda que sua prisão siga sendo injusta".

A ex-deputada María Corina Machado, uma das opositoras mais ativas para pedir a liberdade de López desde o momento de sua detenção, avaliou a medida como "um grande passo" que atribuíu à pressão feita nas ruas durante os últimos três meses de protestos contra o governo.

"O regime se quebra. É hora de avançar. Com mais força na rua até o final", comentou.

O presidente do Parlamento, Julio Borges, considerou que a decisão de permitir a saída de López é uma "conquista enorme" e dá "mais força ao povo venezuelano para continuar lutando nas ruas pela liberdade".

"Agora por sua liberdade plena: Para frente, amigo. Para a frente, Venezuela", acrescentou no Twitter.

A medida de prisão domiciliar foi anunciada à Agência Efe pelo advogado espanhol Javier Cremades, que assegurou que a liberdade ocorreu durante esta madrugada.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano informou posteriormente em comunicado que o benefício outorgado a López, condenado a quase 14 anos, se deveu a "problemas de saúde".