Relatora da ONU sobre direitos humanos inicia primeira visita oficial a Cuba
Havana, 11 jul (EFE).- A relatora da ONU sobre direitos humanos e solidariedade internacional, Virgínia Dandan, iniciou nesta terça-feira sua primeira visita a Cuba, onde se reuniu com representantes de organizações oficiais da sociedade civil e autoridades do âmbito de educação e de esporte.
Trata-se da segunda especialista independente das Nações Unidas que visita a ilha nos últimos meses, depois que a relatora especial da ONU sobre tráfico de pessoas, Maria Grazia Giammarinaro, esteve no local em abril.
Estas visitas, ambas por convite das autoridades da ilha, marcam uma nova etapa nas relações entre as Nações Unidas e Cuba, que não tinha recebido nos últimos dez anos nenhum especialista independente do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A visita da relatora começou hoje na Associação Cubana das Nações Unidas, entidade que aglutina organizações oficiais da sociedade civil da ilha, como a Federação de Mulheres Cubanas (FMC), os Comitês de Defesa da Revolução (CDR), a Associação Nacional de Agricultores Pequenos (ANAP), a União de Escritores e Artistas (UNEAC) e a União de Juristas.
Também estiveram presentes no encontro com Dandan representantes da Associação Cubana de Limitados Fisicomotores (Aclifin), a Sociedade Cubana de Pedagogos, o Conselho Nacional de Sociedades Científicas ou a Cátedra do Adulto Maior da Universidade de Havana.
Com todos eles sustentou uma reunião de quase duas horas sobre os projetos de cooperação que estas entidades desenvolvem, o acesso aos fundos e à transparência de informação, indicaram à Agência Efe desde a Associação Cubana das Nações Unidas.
A relatora também manteve reuniões com a primeira vice-ministra de Educação, Cira Piñeiro, e com o vice-ministro de Educação Superior, Oberto Santín, para falar sobre o sistema educacional gratuito e universal da ilha, uma das principais bandeiras da Revolução.
Durante sua visita, que se prolongará até sexta-feira, também se reunirá com figuras fortes do Governo, como os ministros de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca.
Também tem previstos encontros com representantes dos Ministérios de Saúde Pública, da Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) e do Instituto Cubano de Amizade dos Povos.
A relatora não ofereceu declarações aos meios em todo o percurso, ainda que tenha previsto dar uma entrevista coletiva na próxima sexta-feira, quando é esperado que se pronuncie sobre a situação dos direitos humanos na ilha.
Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch colocam a ilha caribenha, onde governa desde 1965 o Partido Comunista de Cuba (PCC, único legal), entre os países onde são vulnerados os direitos e liberdades políticas e sociais da população.
A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), único organismo que registra estes incidentes em Cuba, contabilizou no seu relatório de junho pelo menos 380 detenções por motivos políticos e o número mais alto de violações da liberdade de movimento em vários anos.
Trata-se da segunda especialista independente das Nações Unidas que visita a ilha nos últimos meses, depois que a relatora especial da ONU sobre tráfico de pessoas, Maria Grazia Giammarinaro, esteve no local em abril.
Estas visitas, ambas por convite das autoridades da ilha, marcam uma nova etapa nas relações entre as Nações Unidas e Cuba, que não tinha recebido nos últimos dez anos nenhum especialista independente do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A visita da relatora começou hoje na Associação Cubana das Nações Unidas, entidade que aglutina organizações oficiais da sociedade civil da ilha, como a Federação de Mulheres Cubanas (FMC), os Comitês de Defesa da Revolução (CDR), a Associação Nacional de Agricultores Pequenos (ANAP), a União de Escritores e Artistas (UNEAC) e a União de Juristas.
Também estiveram presentes no encontro com Dandan representantes da Associação Cubana de Limitados Fisicomotores (Aclifin), a Sociedade Cubana de Pedagogos, o Conselho Nacional de Sociedades Científicas ou a Cátedra do Adulto Maior da Universidade de Havana.
Com todos eles sustentou uma reunião de quase duas horas sobre os projetos de cooperação que estas entidades desenvolvem, o acesso aos fundos e à transparência de informação, indicaram à Agência Efe desde a Associação Cubana das Nações Unidas.
A relatora também manteve reuniões com a primeira vice-ministra de Educação, Cira Piñeiro, e com o vice-ministro de Educação Superior, Oberto Santín, para falar sobre o sistema educacional gratuito e universal da ilha, uma das principais bandeiras da Revolução.
Durante sua visita, que se prolongará até sexta-feira, também se reunirá com figuras fortes do Governo, como os ministros de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca.
Também tem previstos encontros com representantes dos Ministérios de Saúde Pública, da Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) e do Instituto Cubano de Amizade dos Povos.
A relatora não ofereceu declarações aos meios em todo o percurso, ainda que tenha previsto dar uma entrevista coletiva na próxima sexta-feira, quando é esperado que se pronuncie sobre a situação dos direitos humanos na ilha.
Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch colocam a ilha caribenha, onde governa desde 1965 o Partido Comunista de Cuba (PCC, único legal), entre os países onde são vulnerados os direitos e liberdades políticas e sociais da população.
A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), único organismo que registra estes incidentes em Cuba, contabilizou no seu relatório de junho pelo menos 380 detenções por motivos políticos e o número mais alto de violações da liberdade de movimento em vários anos.
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