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Abbas agradece ao genro de Trump por esforços para impulsionar paz com Israel

24/08/2017 17h30

Jerusalém, 24 ago (EFE).- O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, agradeceu nesta quinta-feira os esforços dos Estados Unidos "para se chegar a um histórico acordo de paz" com Israel, através da delegação liderada pelo genro e assessor do presidente americano, Donald Trump, Jared Kushner, com o qual se encontrou hoje em Ramala.

"Sabemos que esta delegação está trabalhando pela paz e nós com ela para se chegar ao que o presidente Trump chamou de acordo de paz. Sabemos que há coisas difíceis e complicadas, mas não há nada impossível com bons esforços", assegurou Abbas a Kushner antes de iniciar sua reunião privada na Muqata (palácio presidencial), informou a agência oficial palestina "Wafa".

Com estas palavras, Abbas se mostrou mais otimista do que em algumas das suas últimas declarações, nas quais tinha lamentado que o governo Trump não tenha ainda uma proposta clara para a paz, e que espera que os EUA mostrem publicamente seu apoio para a solução de dois estados.

Kushner transmitiu a Abbas a perspectiva de Trump perante uma possível volta às negociações entre israelenses e palestinos - estancadas há mais de três anos -, e assegurou que o presidente americano é "muito otimista" em relação à situação e está interessado em conseguir "relações pacíficas entre os vizinhos da região".

Uma postura que Kushner já tinha comentado com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, com quem tinha se reunido horas antes em Jerusalém.

Netanyahu assegurou após o encontro que tinha sido "útil" e "significativo", informou um comunicado do seu Escritório.

Kushner chegou ontem à noite a Jerusalém acompanhado do enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Jason Greenblatt, e da assessora adjunta de Segurança Nacional, Dina Powell, com o fim de tentar fazer que as partes retornem à mesa de negociação.

No entanto, entre os palestinos há um notável ceticismo acerca de que estes encontros vão levar a algum ponto e funcionários de alto escalão concordaram em criticar a indeterminação da Casa Branca em relação ao conflito.