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Maduro diz que não foi à ONU por temer ser vítima de "possível atentado"

21/09/2017 21h06

Caracas, 21 set (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que não compareceu à Assembleia-Geral da ONU, que está sendo realizada em Nova York, por razões de segurança devido à suspeita de atentados.

"Neste ano decidi não ir às Nações Unidas por razões de segurança, porque tinha informação de possíveis atentados de setores extremistas que têm o poder nos EUA", disse Maduro durante a reinauguração de um hotel no estado de Aragua.

O presidente venezuelano disse que "precisa se cuidar", mas não fez mais comentários sobre as ameaças a sua segurança.

Maduro comemorou que "91% dos discursos" da Assembleia-Geral da ONU foram favoráveis à paz no país, um objetivo que estará sendo alcançado, segundo ele, com o acordo com a oposição.

Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em discurso na Assembleia-Geral da ONU que a Venezuela está à beira do "colapso total" e disse estar pronto para adotar novas medidas contra o país se Maduro insistir em impor um regime autoritário.

Para o presidente venezuelano, as declarações de Trump representam uma ameaça de morte contra sua pessoa.

"A ameaça que Donald Trump fez ontem e hoje, se eu a interpretei corretamente, vou repassá-la ao povo: Donald Trump hoje ameaçou de morte o presidente da República Bolivariana da Venezuela", afirmou Maduro em um discurso transmitido em rede nacional de rádio e TV.

O presidente da Venezuela insistiu no assunto quando garantiu que ontem foi dada a ordem paga matá-lo no Salão Oval da Casa Branca. E responsabilizou por isso o presidente do parlamento do país, Julio Borges, a quem acusa de buscar ajuda internacional para acabar com seu mandato.