Grupo de padres argentinos afirma que cristãos não podem votar em Macri
Buenos Aires, 22 set (EFE).- O grupo argentino Padres em Opção pelos Pobres considerou nesta sexta-feira que, nas eleições ao parlamento do próximo dia 22 de outubro, um cristão não pode dar seu voto ao governo de Mauricio Macri, que, em seu julgamento, é de caráter "neoliberal conservador e autoritário" e "debilitou" o Estado de Direito.
"Nos aproximamos das eleições de meio termo no contexto de uma situação muito delicada para o país", afirma a carta divulgada pelo grupo, que, segundo indica em seu perfil no Facebook, foi fundado em 1986 por vários padres "herdeiros" do Movimento de Sacerdotes para o Terceiro Mundo, ainda que não pertença a nenhuma estrutura eclesiástica.
Para estes sacerdotes, que se mostraram em várias ocasiões em atos junto à ex-presidente e atual candidata a senadora, Cristina Kirchner (2007-2015), após dois anos - o tempo que Macri está no poder -, é "longa a lista de ações reprováveis".
"Repressão violenta ao protesto social e abusos de autoridade das forças de segurança, proteção aos capitais mais que aos cidadãos, promessas descumpridas, mentiras e falsidades permanentes", relatam em seu texto.
O grupo assegura também que há "presos políticos, um desaparecido, perseguição a quem pensam diferente, aumento da pobreza, desemprego, um insustentável endividamento que hipoteca o futuro" e "especulação financeira, desindustrialização" e "entrega" da soberania.
"As consequências já visíveis das suas políticas de caráter neoliberal conservador, do seu perfil autoritário que debilitou notavelmente o Estado de Direito", salientam.
Frente a esta conjuntura, argumentam que como "cristãos" sabem que o resultado das próximas eleições "pode confirmar ou revogar" o rumo escolhido pelo governo, "influenciando ao seu favor ou contra eles na relação de forças, fortalecendo ou debilitando seu poder politico".
"Um governo que maltrata assim à sua população e vive construindo falsidades é um governo que dá as costas aos preferidos de Deus. Matar o pobre de fome, desamparo ou indiferença é um pecado. Votar em um governo que asfixia os pobres, acreditamos que também o é", reiteram.
"Sem nenhum temor ou preconceito sustentamos firmemente que um cristão não pode dar seu voto a um governo como este, que multiplica as ajudas fraudulentas aos seus amigos, facilita os lucros dos ricos e condena os pobres à marginalidade, e o faz à luz do dia com mentiras e descaramento", conclui o texto.
As eleições de outubro chegarão precedidas das primárias do último dia 13 de agosto, nas quais os cidadãos elegeram os candidatos definitivos ao parlamento, onde será renovado um terço da Câmara de Senadores (24 cadeiras) e metade da de Deputados (127). EFE
rgm/rsd
"Nos aproximamos das eleições de meio termo no contexto de uma situação muito delicada para o país", afirma a carta divulgada pelo grupo, que, segundo indica em seu perfil no Facebook, foi fundado em 1986 por vários padres "herdeiros" do Movimento de Sacerdotes para o Terceiro Mundo, ainda que não pertença a nenhuma estrutura eclesiástica.
Para estes sacerdotes, que se mostraram em várias ocasiões em atos junto à ex-presidente e atual candidata a senadora, Cristina Kirchner (2007-2015), após dois anos - o tempo que Macri está no poder -, é "longa a lista de ações reprováveis".
"Repressão violenta ao protesto social e abusos de autoridade das forças de segurança, proteção aos capitais mais que aos cidadãos, promessas descumpridas, mentiras e falsidades permanentes", relatam em seu texto.
O grupo assegura também que há "presos políticos, um desaparecido, perseguição a quem pensam diferente, aumento da pobreza, desemprego, um insustentável endividamento que hipoteca o futuro" e "especulação financeira, desindustrialização" e "entrega" da soberania.
"As consequências já visíveis das suas políticas de caráter neoliberal conservador, do seu perfil autoritário que debilitou notavelmente o Estado de Direito", salientam.
Frente a esta conjuntura, argumentam que como "cristãos" sabem que o resultado das próximas eleições "pode confirmar ou revogar" o rumo escolhido pelo governo, "influenciando ao seu favor ou contra eles na relação de forças, fortalecendo ou debilitando seu poder politico".
"Um governo que maltrata assim à sua população e vive construindo falsidades é um governo que dá as costas aos preferidos de Deus. Matar o pobre de fome, desamparo ou indiferença é um pecado. Votar em um governo que asfixia os pobres, acreditamos que também o é", reiteram.
"Sem nenhum temor ou preconceito sustentamos firmemente que um cristão não pode dar seu voto a um governo como este, que multiplica as ajudas fraudulentas aos seus amigos, facilita os lucros dos ricos e condena os pobres à marginalidade, e o faz à luz do dia com mentiras e descaramento", conclui o texto.
As eleições de outubro chegarão precedidas das primárias do último dia 13 de agosto, nas quais os cidadãos elegeram os candidatos definitivos ao parlamento, onde será renovado um terço da Câmara de Senadores (24 cadeiras) e metade da de Deputados (127). EFE
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