Cuba vê como "precipitada" decisão dos EUA de retirar pessoal de embaixada
Havana, 29 set (EFE).- O governo de Cuba julgou nesta sexta-feira como "precipitada" a decisão dos Estados Unidos de retirar mais da metade de seus diplomatas de Havana e limitar a emissão de vistos como consequência de supostos ataques acústicos sofridos por funcionários americanos na ilha.
A diretora para os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, afirmou hoje que a decisão vai afetar a relação bilateral, mas ressaltou a vontade do governo de Raúl Castro de continuar a "cooperação ativa" entre os dois países.
"Para o esclarecimento total dos fatos será essencial ter e contar com a participação e o envolvimento efetivo das autoridades americanas", indicou Vidal na primeira reação do governo de Cuba à decisão anunciada hoje pelo Departamento de Estado dos EUA.
Segundo a diplomata cubana, os anúncios americanos vão prejudicar a relação bilateral, em especial a "cooperação sobre temas de interesse mútuo e as trocas de diversa natureza que ocorrem entre Cuba e os EUA".
Vidal lembrou que na última terça-feira se reuniram em Washington, pela primeira vez, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, e o secretário de Estado, Rex Tillerson, um encontro no qual foram abordados os "ataques acústicos" que afetaram a saúde de pelo menos 21 diplomatas americanos que estavam em missão em Havana.
"Nosso ministro o advertiu sobre não tomar decisões apressadas que não se sustentem em evidências nem em resultados de investigações conclusivas", citou Vidal sobre a reunião.
No encontro, Cuba pediu aos Estados Unidos para "não politizar" o assunto e solicitou "cooperação ativa" para esclarecer o incidente.
"O governo cubano não tem responsabilidade alguma com os fatos que são alegados e cumpre séria e rigorosamente as suas obrigações com a Convenção de Viena no que diz respeito à proteção de diplomatas", reafirmou Vidal.
Os EUA não responsabilizam diretamente o governo de Cuba, pelo menos por enquanto, pelos danos à saúde dos diplomatas americanos que estavam em Havana. No entanto, o caso era definido até então como "incidente. Agora, passou a ser chamado de "ataque específico".
Os governos dos dois países seguem investigando o caso. Os EUA não descartam a possibilidade de um "terceiro país" ser o responsável pelos supostos ataques sônicos contra os diplomatas.
O Departamento de Estado também desaconselhou hoje os americanos a viajar a Cuba, já que se acredita que alguns desses ataques ocorreram em hotéis da ilha. Também foi suspensa a emissão de vistos cubanos na embaixada em Havana.
Cuba e EUA, ainda no governo do democrata Barack Obama, anunciaram em dezembro de 2014 o restabelecimento das relações diplomáticas após mais de 50 anos de inimizade e selaram a decisão com a reabertura mútua de embaixadas em julho de 2015.
No entanto, os avanços foram freados com a chegada de Donald Trump ao poder. O republicano é contrário às políticas de seu antecessor e anunciou em junho, em Miami, várias medidas que impõem um retrocesso na reaproximação diplomática.
A diretora para os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, afirmou hoje que a decisão vai afetar a relação bilateral, mas ressaltou a vontade do governo de Raúl Castro de continuar a "cooperação ativa" entre os dois países.
"Para o esclarecimento total dos fatos será essencial ter e contar com a participação e o envolvimento efetivo das autoridades americanas", indicou Vidal na primeira reação do governo de Cuba à decisão anunciada hoje pelo Departamento de Estado dos EUA.
Segundo a diplomata cubana, os anúncios americanos vão prejudicar a relação bilateral, em especial a "cooperação sobre temas de interesse mútuo e as trocas de diversa natureza que ocorrem entre Cuba e os EUA".
Vidal lembrou que na última terça-feira se reuniram em Washington, pela primeira vez, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, e o secretário de Estado, Rex Tillerson, um encontro no qual foram abordados os "ataques acústicos" que afetaram a saúde de pelo menos 21 diplomatas americanos que estavam em missão em Havana.
"Nosso ministro o advertiu sobre não tomar decisões apressadas que não se sustentem em evidências nem em resultados de investigações conclusivas", citou Vidal sobre a reunião.
No encontro, Cuba pediu aos Estados Unidos para "não politizar" o assunto e solicitou "cooperação ativa" para esclarecer o incidente.
"O governo cubano não tem responsabilidade alguma com os fatos que são alegados e cumpre séria e rigorosamente as suas obrigações com a Convenção de Viena no que diz respeito à proteção de diplomatas", reafirmou Vidal.
Os EUA não responsabilizam diretamente o governo de Cuba, pelo menos por enquanto, pelos danos à saúde dos diplomatas americanos que estavam em Havana. No entanto, o caso era definido até então como "incidente. Agora, passou a ser chamado de "ataque específico".
Os governos dos dois países seguem investigando o caso. Os EUA não descartam a possibilidade de um "terceiro país" ser o responsável pelos supostos ataques sônicos contra os diplomatas.
O Departamento de Estado também desaconselhou hoje os americanos a viajar a Cuba, já que se acredita que alguns desses ataques ocorreram em hotéis da ilha. Também foi suspensa a emissão de vistos cubanos na embaixada em Havana.
Cuba e EUA, ainda no governo do democrata Barack Obama, anunciaram em dezembro de 2014 o restabelecimento das relações diplomáticas após mais de 50 anos de inimizade e selaram a decisão com a reabertura mútua de embaixadas em julho de 2015.
No entanto, os avanços foram freados com a chegada de Donald Trump ao poder. O republicano é contrário às políticas de seu antecessor e anunciou em junho, em Miami, várias medidas que impõem um retrocesso na reaproximação diplomática.
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