Fotógrafo da Efe indicado a prêmio diz que "dói" retratar realidade venezuela
Caracas, 26 out (EFE).- Após saber nesta quinta-feira que foi indicado ao prêmio Liberdade de Imprensa entregue pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o fotógrafo Miguel Gutiérrez, da Agência Efe, comentou sobre a dureza de cobrir uma realidade que "dói" e que não teria chegado ao conhecimento do mundo sem a arriscada presença dos jornalistas.
"O mais duro foi fazer as fotos dos velórios, dos enterros das pessoas que morreram durante os protestos", disse o fotógrafo da Efe, para a qual trabalha há cinco anos em Caracas. Gutierrez registrou o dia a dia dos mais de cinco meses de manifestações contra o governo.
Entre todas as imagens que fotografou e que foram capas de jornais de todo o mundo entre abril e agosto, o fotojornalista colombiano-venezuelano lembrou com especial emoção o momento da morte do jovem manifestante David Vallenilla, abatido a tiros por um militar no dia 22 de junho.
"Uma das fotos que fiz é justamente quando assassinam Vallenilla, e foi um momento muito intenso. Registrar logo o momento no qual estão assassinando alguém é muito tenso, é muito pesado de assimilar", explicou Gutiérrez, um dos 18 indicados ao prêmio.
O fotógrafo contou que "parentes de vítimas e, em geral, a população venezuelana sentem que morreram por nada". "Dói muito", acrescentou o jornalista, que sofreu ameaças, agressões e o efeito das bombas de gás lacrimogêneo.
"Com a minha indicação, estou representando todos os fotógrafos, todos os que trabalharam na cobertura. Foram muitos os jornalistas humilhados, maltratados, que tiveram equipamentos roubados, que deram 100% para poder informar sobre o que ocorria aqui na Venezuela", disse o profissional, ao mencionar também o motorista que o deslocava em meio aos conflitos entre manifestantes e agentes.
Perguntado sobre a função do jornalista, Gutiérrez destacou a necessidade de nunca se esquecer que a prioridade deve ser sempre "informar sobre o que está ocorrendo".
"Temos que estar nas situações mais difíceis, que muitas vezes são as mais incômodas, porque senão ninguém se informaria sobre o que ocorre em lugares como a Venezuela", concluiu.
RSF e o canal francês TV5 entregarão o prêmio Liberdade de Imprensa no dia 7 de novembro em Estrasburgo, na França. A cerimônia, que será realizada como parte do Fórum Mundial para a Democracia, divulgará os ganhadores nas categorias de jornalista, meio de comunicação e jornalismo cidadão.
"O mais duro foi fazer as fotos dos velórios, dos enterros das pessoas que morreram durante os protestos", disse o fotógrafo da Efe, para a qual trabalha há cinco anos em Caracas. Gutierrez registrou o dia a dia dos mais de cinco meses de manifestações contra o governo.
Entre todas as imagens que fotografou e que foram capas de jornais de todo o mundo entre abril e agosto, o fotojornalista colombiano-venezuelano lembrou com especial emoção o momento da morte do jovem manifestante David Vallenilla, abatido a tiros por um militar no dia 22 de junho.
"Uma das fotos que fiz é justamente quando assassinam Vallenilla, e foi um momento muito intenso. Registrar logo o momento no qual estão assassinando alguém é muito tenso, é muito pesado de assimilar", explicou Gutiérrez, um dos 18 indicados ao prêmio.
O fotógrafo contou que "parentes de vítimas e, em geral, a população venezuelana sentem que morreram por nada". "Dói muito", acrescentou o jornalista, que sofreu ameaças, agressões e o efeito das bombas de gás lacrimogêneo.
"Com a minha indicação, estou representando todos os fotógrafos, todos os que trabalharam na cobertura. Foram muitos os jornalistas humilhados, maltratados, que tiveram equipamentos roubados, que deram 100% para poder informar sobre o que ocorria aqui na Venezuela", disse o profissional, ao mencionar também o motorista que o deslocava em meio aos conflitos entre manifestantes e agentes.
Perguntado sobre a função do jornalista, Gutiérrez destacou a necessidade de nunca se esquecer que a prioridade deve ser sempre "informar sobre o que está ocorrendo".
"Temos que estar nas situações mais difíceis, que muitas vezes são as mais incômodas, porque senão ninguém se informaria sobre o que ocorre em lugares como a Venezuela", concluiu.
RSF e o canal francês TV5 entregarão o prêmio Liberdade de Imprensa no dia 7 de novembro em Estrasburgo, na França. A cerimônia, que será realizada como parte do Fórum Mundial para a Democracia, divulgará os ganhadores nas categorias de jornalista, meio de comunicação e jornalismo cidadão.
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