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Coreia do Norte critica EUA por colocá-la como "patricinadora do terrorismo"

22/11/2017 11h56

Seul, 22 nov (EFE).- A Coreia do Norte criticou nesta quarta-feira a decisão dos Estados Unidos recolocá-la em sua lista de países "patrocinadores do terrorismo" após nove anos e rotulou a medida como uma "grave provocação" e um ataque à dignidade do país.

Segundo a agência norte-coreana "KCNA", o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores qualificou a decisão anunciada na segunda-feira pelo presidente Donald Trump como "uma severa provocação e uma violação endêmica da dignidade do Estado".

Pyongyang acusou Washington de utilizar a lista como "uma ferramenta de poder" com a qual pretende "destruir a independência de um país que não se subjuga", e afirmou que sua volta a ela após quase uma década é só uma mostra da "incompetência" americana.

A Coreia do Norte fez parte da lista dos EUA de "Estados patrocinadores do terrorismo" - na qual agora estão Irã, Síria e Sudão - entre janeiro de 1988 e outubro de 2008, quando foi retirada em uma tentativa do ex-presidente George W. Bush de negociar seu desarmamento.

Na lista, elaborada pelo Departamento de Estado, também estiveram no passado Iraque, Líbia, Afeganistão e Cuba, que saiu quando as relações entre ambos os países começaram a se normalizar na etapa final do governo de Barack Obama.

Durante o anúncio da medida, em reunião com os membros do seu gabinete realizada na Casa Branca na última segunda-feira, Trump afirmou que a volta da Coreia do Norte a esta lista "deveria ter acontecido há anos" e pediu ao regime norte-coreano que "ponha fim ao seu ilegal desenvolvimento nuclear e de mísseis balísticos".

A designação de Pyongyang como patrocinador do terrorismo foi acompanhada de novas sanções unilaterais aprovadas na terça-feira, que recaem sobre o setor de transporte do país asiático.

Os EUA impuseram sanções a entidades encarregadas do transporte marítimo e terrestre com o país asiático e contra 20 navios responsáveis pela entrega de suprimentos, na tentativa de pressionar Pyongyang a encerrar seus testes de mísseis balísticos e aspirações nucleares.