Primeira-ministra do Peru admite ter sido vítima de assédio machista
Lima, 23 nov (EFE).- A primeira-ministra do Peru, Mercedes Aráoz, reconheceu nesta quinta-feira que foi vítima de "experiências de assédio" machista ao longo de sua trajetória como economista e política, por isso defendeu a necessidade de uma "mudança social" no país, cuja responsabilidade deve ser compartilhada por homens e mulheres.
"Tive experiências de assédio, e levantar a voz é complicado, porque não há protocolos adequados, e, talvez, o superior que ouvir sua história não irá considerá-la como assédio", contou Aráoz em uma conferência com a Associação de Jornalistas Estrangeiros no Peru (APEP, sigla em espanhol).
A presidente do Conselho de Ministros do país andino criticou as desculpas que são utilizadas em algumas ocasiões para justificar o assédio como o ciúme e o alcoolismo.
Aráoz, que também exerce o cargo de segunda vice-presidente do Peru, enfatizou que a luta contra o assédio às mulheres não é só uma tarefa delas, mas também dos homens, para mudar "uma realidade que ainda é insuficiente".
"Se começarmos pelo básico, que é a violência sexual, seria muito positivo, e aí necessitamos dos homens para conseguir isto", acrescentou a política.
Ao ser perguntada sobre a falta de mulheres em cargos de chefia de Estado na América Latina, uma vez que termine o mandato da presidente do Chile Michelle Bachelet, a primeira-ministra peruana reconheceu que "há ainda um olhar machista quanto ao acesso da mulher a cargos de responsabilidade".
"Especialmente na área empresarial, embora talvez no Estado seja menos. O nosso Congresso tem 30% de mulheres e no Executivo estávamos até pouco tempo em um nível similar", disse a primeira-ministra.
No entanto, Aráoz lamentou que a governadora da região de Arequipa, Yamila Osorio, seja a única mulher com esse cargo nas 25 regiões que compõem o território peruano.
"Queremos mais participação das mulheres, com uma cruzada para que homens e mulheres tenham igualdade de oportunidades", acrescentou Aráoz.
As palavras de Aráoz chegam a apenas dois dias da realização de uma manifestação do movimento "Ni Una Menos", formado por organizações feministas e de defesa dos direitos humanos para protestar contra a violência machista e que surgiu por causa de casos famosos e midiáticos de violência contra as mulheres, para gerar uma consciência de denúncia e censura desses atos.
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, lamentou hoje que aconteçam cerca de 400 feminicídios por ano no país, durante a inauguração de um centro de emergência para as mulheres em uma delegacia em Lima.
"Tive experiências de assédio, e levantar a voz é complicado, porque não há protocolos adequados, e, talvez, o superior que ouvir sua história não irá considerá-la como assédio", contou Aráoz em uma conferência com a Associação de Jornalistas Estrangeiros no Peru (APEP, sigla em espanhol).
A presidente do Conselho de Ministros do país andino criticou as desculpas que são utilizadas em algumas ocasiões para justificar o assédio como o ciúme e o alcoolismo.
Aráoz, que também exerce o cargo de segunda vice-presidente do Peru, enfatizou que a luta contra o assédio às mulheres não é só uma tarefa delas, mas também dos homens, para mudar "uma realidade que ainda é insuficiente".
"Se começarmos pelo básico, que é a violência sexual, seria muito positivo, e aí necessitamos dos homens para conseguir isto", acrescentou a política.
Ao ser perguntada sobre a falta de mulheres em cargos de chefia de Estado na América Latina, uma vez que termine o mandato da presidente do Chile Michelle Bachelet, a primeira-ministra peruana reconheceu que "há ainda um olhar machista quanto ao acesso da mulher a cargos de responsabilidade".
"Especialmente na área empresarial, embora talvez no Estado seja menos. O nosso Congresso tem 30% de mulheres e no Executivo estávamos até pouco tempo em um nível similar", disse a primeira-ministra.
No entanto, Aráoz lamentou que a governadora da região de Arequipa, Yamila Osorio, seja a única mulher com esse cargo nas 25 regiões que compõem o território peruano.
"Queremos mais participação das mulheres, com uma cruzada para que homens e mulheres tenham igualdade de oportunidades", acrescentou Aráoz.
As palavras de Aráoz chegam a apenas dois dias da realização de uma manifestação do movimento "Ni Una Menos", formado por organizações feministas e de defesa dos direitos humanos para protestar contra a violência machista e que surgiu por causa de casos famosos e midiáticos de violência contra as mulheres, para gerar uma consciência de denúncia e censura desses atos.
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, lamentou hoje que aconteçam cerca de 400 feminicídios por ano no país, durante a inauguração de um centro de emergência para as mulheres em uma delegacia em Lima.
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