Raúl Castro recebe chanceler norte-coreano, que levou mensagem de Kim Jong-un
Havana, 24 nov (EFE).- O presidente de Cuba, Raúl Castro, recebeu nesta sexta-feira em Havana o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, que lhe transmitiu uma mensagem do líder norte-coreano Kim Jong-un e suas condolências pelo primeiro aniversário da morte de Fidel Castro, que será amanhã.
"No encontro fraternal entre ambas as partes foram constatados os históricos laços de amizade entre as duas nações e os dois conversaram sobre temas internacionais de interesse comum", diz a nota oficial da reunião divulgada pela emissora de televisão oficial de Cuba.
O comunicado não apresenta detalhes sobre a mensagem que o líder norte-coreano enviou a Raúl Castro, mas tanto a Coreia do Norte como Cuba, que compartilham sistemas socialistas, enfrentaram recentemente novas sanções econômicas dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, Ri Yong-ho manteve conversas bilaterais com o seu equivalente cubano, Bruno Rodríguez, que também estava presente na reunião de hoje com Raúl Castro, e ambos apostaram em fortalecer o socialismo apesar das pressões do "imperialismo", em referência ao governo americano de Donald Trump.
Os Estados Unidos incluíram nesta semana a Coreia do Norte em sua lista de países patrocinadores do terrorismo, da qual ela tinha sido retirada há uma década, além de impor novas sanções econômicas que afetam, sobretudo, o setor de transportes.
Cuba integrou essa lista até 2015, quando foi retirada no contexto de normalização das relações na etapa final do governo de Barack Obama.
No entanto, em 9 de novembro deste ano, entraram em vigor novas sanções dos EUA contra Cuba, que proíbem empresas e cidadãos americanos de fazer negócios com companhias do conglomerado Gaesa, que é vinculado às forças armadas cubanas, e restringiu as viagens de seus cidadãos à ilha.
Cuba condenou as "manobras militares lideradas pelos EUA" perto da Península da Coreia, mas não fez nenhuma menção aos insistentes lançamentos de mísseis e ao último teste nuclear, realizado no dia 3 de setembro pelo regime de Kim Jong-un, apesar da tradicional posição da ilha contrária às armas nucleares
Cuba e Coreia do Norte estabeleceram relações diplomáticas em 1960 e o líder cubano Fidel Castro visitou esse país em 1986, e se reuniu na época com o fundador Kim Il-sung e seu filho e sucessor Kim Jong-il, avô e pai, respectivamente, do atual líder norte-coreano Kim Jong-un.
Na atualidade, as relações entre os dois países também são próximas e em 2015, o primeiro vice-presidente cubano e provável sucessor de Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel, foi recebido por Kim Jong-un em Pyongyang.
Apesar de Cuba manter uma embaixada em Pyongyang, a nação caribenha tem um volume de comércio muito maior com a Coreia do Sul, mesmo sem ter vínculos diplomáticos com este país. No total, o comércio entre Cuba e Coreia do Sul chegou a US$ 67 milhões, enquanto que com a Coreia comunista foi de apenas US$ 9 milhões.
"No encontro fraternal entre ambas as partes foram constatados os históricos laços de amizade entre as duas nações e os dois conversaram sobre temas internacionais de interesse comum", diz a nota oficial da reunião divulgada pela emissora de televisão oficial de Cuba.
O comunicado não apresenta detalhes sobre a mensagem que o líder norte-coreano enviou a Raúl Castro, mas tanto a Coreia do Norte como Cuba, que compartilham sistemas socialistas, enfrentaram recentemente novas sanções econômicas dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, Ri Yong-ho manteve conversas bilaterais com o seu equivalente cubano, Bruno Rodríguez, que também estava presente na reunião de hoje com Raúl Castro, e ambos apostaram em fortalecer o socialismo apesar das pressões do "imperialismo", em referência ao governo americano de Donald Trump.
Os Estados Unidos incluíram nesta semana a Coreia do Norte em sua lista de países patrocinadores do terrorismo, da qual ela tinha sido retirada há uma década, além de impor novas sanções econômicas que afetam, sobretudo, o setor de transportes.
Cuba integrou essa lista até 2015, quando foi retirada no contexto de normalização das relações na etapa final do governo de Barack Obama.
No entanto, em 9 de novembro deste ano, entraram em vigor novas sanções dos EUA contra Cuba, que proíbem empresas e cidadãos americanos de fazer negócios com companhias do conglomerado Gaesa, que é vinculado às forças armadas cubanas, e restringiu as viagens de seus cidadãos à ilha.
Cuba condenou as "manobras militares lideradas pelos EUA" perto da Península da Coreia, mas não fez nenhuma menção aos insistentes lançamentos de mísseis e ao último teste nuclear, realizado no dia 3 de setembro pelo regime de Kim Jong-un, apesar da tradicional posição da ilha contrária às armas nucleares
Cuba e Coreia do Norte estabeleceram relações diplomáticas em 1960 e o líder cubano Fidel Castro visitou esse país em 1986, e se reuniu na época com o fundador Kim Il-sung e seu filho e sucessor Kim Jong-il, avô e pai, respectivamente, do atual líder norte-coreano Kim Jong-un.
Na atualidade, as relações entre os dois países também são próximas e em 2015, o primeiro vice-presidente cubano e provável sucessor de Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel, foi recebido por Kim Jong-un em Pyongyang.
Apesar de Cuba manter uma embaixada em Pyongyang, a nação caribenha tem um volume de comércio muito maior com a Coreia do Sul, mesmo sem ter vínculos diplomáticos com este país. No total, o comércio entre Cuba e Coreia do Sul chegou a US$ 67 milhões, enquanto que com a Coreia comunista foi de apenas US$ 9 milhões.
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