Papa e Aung San Suu Kyi se reúnem no Palácio da capital de Mianmar
Cristina Cabrejas.
Naypyidaw (Mianmar), 28 nov (EFE). - O papa Francisco atravessou uma das pontes sobre o grande fosso de segurança e chegou à enorme e vazia esplanada do Palácio Presidencial de Mianmar, uma verdadeira fortaleza, onde encontrou o presidente do país, Htin Kyaw, e a vencedora do Nobel da Paz e chefe de governo, Aung San Suu Kyi.
O trajeto até o complexo governamental em Naypyidaw, capital de Mianmar desde 2005, mas com ares de cidade-fantasma, é feito por quilômetros de largas estradas desertas, com alguns hotéis e quase nenhuma casa. Os encontros acontecem em meio ao drama da perseguição que os rohingyas estão vivendo, por não serem considerados pelas autoridades birmanesas como cidadãos desse país.
Logo na entrada, o presidente recebeu o pontífice e os dois ouviram os hinos executados pela banda do Exército. O rígido protocolo requeria que Suu Kyi, conselheira de Estado e ministra de Relações Exteriores - os seus cargos oficiais - não estivesse presente. Apenas os dois líderes e as delegações participaram desta cerimônia de boas-vindas numa atmosfera quase irreal, muito diferente das apresentações musicais, mostras de dança e do público que frequente são vistos em outras viagens papais.
Após a breve cerimônia, Francisco entrou no gigantesco Palácio Presidencial, um dos 30 prédios que formam este complexo de edifícios institucionais completamente blindado. Ao entrar, Franciso assinou o livro de honra e escreveu: "À querida gente de Mianmar, invoco as divinas bênçãos de Justiça, Paz e União". Só um pequeno grupo de jornalistas que viaja com o papa estava autorizado a entrar na fortaleza, entre rígidas medidas de segurança e protocolo.
Francisco se reuniu primeiro com o presidente por 15 minutos e depois houve a troca de presentes e a apresentação da família de Kyaw. Depois, o ele acompanhou o papa à sala onde estava Suu Kyi e se retirou.
Suu Kyi cumprimentou o pontífice com uma saudação budista, inclinando a cabeça em sinal de respeito. Os dois conversaram por 20 minutos, nesse que foi o segundo encontro que tiveram. A primeira ocasião foi em maio, no Vaticano, quando foi assinado um tratado de relações bilaterais.
Os detalhes da reunião não foram revelados e ainda não se sabe se o papa falou da ação que foi definida como "limpeza étnica" contra os rohingyas. Conforme foi informado, a imprensa receberá algumas fotos das reuniões.
A frieza protocolar continuou depois quando Francisco e Suu Kyi foram ao Centro Internacional de Convenções, a 11 quilômetros do palácio, para os discursos oficiais. Apesar de cheio, os aplausos foram mornos para um discurso no qual o papa lembrou que Mianmar deve respeitar todos os grupos étnicos, sem excluir ninguém, mas sem nomear os perseguidos rohingyas.
Naypyidaw (Mianmar), 28 nov (EFE). - O papa Francisco atravessou uma das pontes sobre o grande fosso de segurança e chegou à enorme e vazia esplanada do Palácio Presidencial de Mianmar, uma verdadeira fortaleza, onde encontrou o presidente do país, Htin Kyaw, e a vencedora do Nobel da Paz e chefe de governo, Aung San Suu Kyi.
O trajeto até o complexo governamental em Naypyidaw, capital de Mianmar desde 2005, mas com ares de cidade-fantasma, é feito por quilômetros de largas estradas desertas, com alguns hotéis e quase nenhuma casa. Os encontros acontecem em meio ao drama da perseguição que os rohingyas estão vivendo, por não serem considerados pelas autoridades birmanesas como cidadãos desse país.
Logo na entrada, o presidente recebeu o pontífice e os dois ouviram os hinos executados pela banda do Exército. O rígido protocolo requeria que Suu Kyi, conselheira de Estado e ministra de Relações Exteriores - os seus cargos oficiais - não estivesse presente. Apenas os dois líderes e as delegações participaram desta cerimônia de boas-vindas numa atmosfera quase irreal, muito diferente das apresentações musicais, mostras de dança e do público que frequente são vistos em outras viagens papais.
Após a breve cerimônia, Francisco entrou no gigantesco Palácio Presidencial, um dos 30 prédios que formam este complexo de edifícios institucionais completamente blindado. Ao entrar, Franciso assinou o livro de honra e escreveu: "À querida gente de Mianmar, invoco as divinas bênçãos de Justiça, Paz e União". Só um pequeno grupo de jornalistas que viaja com o papa estava autorizado a entrar na fortaleza, entre rígidas medidas de segurança e protocolo.
Francisco se reuniu primeiro com o presidente por 15 minutos e depois houve a troca de presentes e a apresentação da família de Kyaw. Depois, o ele acompanhou o papa à sala onde estava Suu Kyi e se retirou.
Suu Kyi cumprimentou o pontífice com uma saudação budista, inclinando a cabeça em sinal de respeito. Os dois conversaram por 20 minutos, nesse que foi o segundo encontro que tiveram. A primeira ocasião foi em maio, no Vaticano, quando foi assinado um tratado de relações bilaterais.
Os detalhes da reunião não foram revelados e ainda não se sabe se o papa falou da ação que foi definida como "limpeza étnica" contra os rohingyas. Conforme foi informado, a imprensa receberá algumas fotos das reuniões.
A frieza protocolar continuou depois quando Francisco e Suu Kyi foram ao Centro Internacional de Convenções, a 11 quilômetros do palácio, para os discursos oficiais. Apesar de cheio, os aplausos foram mornos para um discurso no qual o papa lembrou que Mianmar deve respeitar todos os grupos étnicos, sem excluir ninguém, mas sem nomear os perseguidos rohingyas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.