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"Seguimos com esperança e fé", diz pai de tripulante de submarino argentino

15/12/2017 17h32

Buenos Aires, 15 dez (EFE).- O pai de um dos 44 tripulantes do submarino argentino San Juan, desaparecido há um mês no oceano Atlântico, disse nesta sexta-feira à Agência Efe que ele e pessoas próximas seguem "com esperança e com fé" que seu ente querido voltará para casa, embora tenha reconhecido que os dias passam e "é preciso ser realista".

"Nós continuamos com esperança e com fé e à espera de algo que seja concreto e não abstrato", relatou Jorge Villareal, pai de Fernando, chefe de operações do submarino militar, em referência à falta de notícias submersível.

Após 30 dias desde a última vez que o comandante do San Juan se comunicou com seus superiores em terra, os familiares dos tripulantes se manifestaram em diversas cidades argentinas para pedir que os trabalhos de busca que continuem.

"Que o localizem", disse Jorge, para ressalta a "incerteza" que continuam vivendo os familiares por não terem ideia de que pode ter acontecido aos tripulantes.

Há duas semanas, a Marinha comunicou que não continuará trabalhando por um eventual resgate por descartar sobreviventes devido ao tempo transcorrido e as condições extremas no fundo do mar.

Com a "angústia" por conta dessa situação, a família de Fernando não perde a esperança de que os tripulantes possam estar em condições de sobrevivência extrema e tentando ser localizados, embora assuma que é preciso ser "realista", pois os dias estão passando.

"Nós pedimos que sempre nos digam a verdade, que nos informem o que acontece. Nós nos informamos pelos veículos de imprensa", criticou Jorge, a exemplo de outros familiares, sobre o modo que a Marinha comunicou más notícias nas últimas semanas.

Na última quarta-feira, parentes de alguns dos tripulantes se reuniram no Parlamento com deputados de todos os blocos políticos para pedir apoio na busca pelo submarino e avanços na investigação do desaparecimento.

Paralelamente, uma juíza do sul do país lidera o processo que tenta esclarecer se houve crime no desaparecimento e posterior busca do San Juan, e o governo já decidiu há várias semanas abrir uma investigação interna para determinar responsabilidades na Marinha. EFE

rgm/cs