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UE prolonga sanções econômicas à Rússia por crise na Ucrânia

21/12/2017 15h51

Bruxelas, 21 dez (EFE).- O Conselho da União Europeia (UE), que reúne os Estados-membros, acordou nesta quinta-feira prolongar por seis meses, até 31 de julho de 2018, as sanções econômicas impostas à Rússia por seu papel na crise independentista no leste da Ucrânia.

Apesar de os chefes de Estado e de Governo dos Vinte e oito já terem aprovado essa decisão por unanimidade na cúpula europeia de 14 de dezembro, o Conselho formalizou nesta quinta-feira a decisão por procedimento escrito, informou a instituição comunitária em comunicado.

Os líderes escutaram na reunião deste mês da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o estado de aplicação do acordo de paz de Minsk nessa região como participantes do chamado grupo de Normandia, junto a Kiev e Moscou, para solucionar o conflito mediante a diplomacia.

Perante a avaliação negativa da implementação do acordo, os líderes respaldaram prolongar tais sanções, que a princípio venciam em 31 de janeiro.

As medidas foram introduzidas inicialmente em 31 de julho de 2014 por um período de um ano, "em resposta às ações empreendidas pela Rússia que desestabilizavam a situação na Ucrânia".

Depois disso, foram reforçadas em setembro desse mesmo ano e, desde então, prorrogadas.

As medidas são dirigidas aos setores das finanças, da energia e da defesa, bem como ao âmbito dos produtos de duplo uso, civil e militar.

Concretamente, limitam o acesso aos mercados primários e secundários de capitais da UE para cinco importantes entidades financeiras russas (Sberbank, VTB Bank, Gazprombank, Vnesheconombank e Rosseljozbank) com participação majoritária do Estado e suas filiais, também com participação majoritária estatal, estabelecidas fora da UE.

Também para três importantes empresas russas do setor da energia e outras três de defesa.

Além disso, impõem uma proibição de exportação e importação de armas e um veto à exportação de produtos de duplo uso.

Igualmente, restringem o acesso da Rússia a determinadas tecnologias e serviços sensíveis que podem ser utilizados para a produção e a exploração petrolífera.