Mali confirma retorno de presidente deposto pelo golpe de 2012 no domingo
Bamaco, 22 dez (EFE).- O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, confirmou esta nesta sexta-feira em discurso que seu antecessor no cargo, Amadou Toumani Touré, deposto por um golpe de Estado em 2012 e exilado no Senegal desde então, voltará a Bamaco no próximo domingo.
"Agora que a situação se acalmou, pedi ao meu irmão Touré que volte ao seu país", declarou Keita, que foi primeiro-ministro durante a última etapa do mandato do ex-presidente e ganhou as primeiras eleições realizadas no Mali após o país recuperar a normalidade democrática em 2013.
Segundo o presidente, um avião do governo malinês voará a Dacar no domingo de manhã para transportar Touré, que almoçará com Keita em sua residência.
Keita aproveitou a ocasião para agradecer pela "hospitalidade" do presidente senegalês, Macky Sall.
O chefe de Estado do Mali não informou com detalhes qual será o status de Touré quando retornar ao país.
Em Bamaco, o ambiente é de crescente expetativa e os partidários do ex-presidente multiplicaram sua atividade nos últimos dias diante dos boatos sobre o retorno de Touré.
Touré foi presidente do Mali entre 1992 e 2012, quando foi derrubado pelo golpe de Estado liderado pelo general Amadou Sanogo, com quem pactuou um exílio voluntário no Senegal.
Este golpe de Estado gerou uma crise política que foi aproveitada pelos separatistas tuareg do Movimento Nacional de Liberdade do Azawad (MNLA), que junto a grupos jihadistas com afinidades ideológicas com a Al Qaeda tomaram o controle do norte do país.
A coligação militar internacional impulsionada pela França em 2013 expulsou os jihadistas e possibilitou a realização das eleições vencidas por Keita, mas não abordou o retorno de Touré por motivos de segurança, dado que vários dos protagonistas do golpe de 2012 continuam em liberdade e possuem certa influência.
Em 2015, o governo do Mali e os rebeldes tuareg assinaram um acordo de paz, mas isso não pôs fim à violência no país, uma vez que os vastos territórios do norte escapam do controle estatal e os ataques jihadistas ainda são frequentes.
Fontes consultadas pela Agência Efe apontaram que o retorno de Touré pode ajudar na reconciliação geral do país e demonstraria que os seguidores de Sanogo - atualmente preso - já não têm tanto poder como antes.
"Agora que a situação se acalmou, pedi ao meu irmão Touré que volte ao seu país", declarou Keita, que foi primeiro-ministro durante a última etapa do mandato do ex-presidente e ganhou as primeiras eleições realizadas no Mali após o país recuperar a normalidade democrática em 2013.
Segundo o presidente, um avião do governo malinês voará a Dacar no domingo de manhã para transportar Touré, que almoçará com Keita em sua residência.
Keita aproveitou a ocasião para agradecer pela "hospitalidade" do presidente senegalês, Macky Sall.
O chefe de Estado do Mali não informou com detalhes qual será o status de Touré quando retornar ao país.
Em Bamaco, o ambiente é de crescente expetativa e os partidários do ex-presidente multiplicaram sua atividade nos últimos dias diante dos boatos sobre o retorno de Touré.
Touré foi presidente do Mali entre 1992 e 2012, quando foi derrubado pelo golpe de Estado liderado pelo general Amadou Sanogo, com quem pactuou um exílio voluntário no Senegal.
Este golpe de Estado gerou uma crise política que foi aproveitada pelos separatistas tuareg do Movimento Nacional de Liberdade do Azawad (MNLA), que junto a grupos jihadistas com afinidades ideológicas com a Al Qaeda tomaram o controle do norte do país.
A coligação militar internacional impulsionada pela França em 2013 expulsou os jihadistas e possibilitou a realização das eleições vencidas por Keita, mas não abordou o retorno de Touré por motivos de segurança, dado que vários dos protagonistas do golpe de 2012 continuam em liberdade e possuem certa influência.
Em 2015, o governo do Mali e os rebeldes tuareg assinaram um acordo de paz, mas isso não pôs fim à violência no país, uma vez que os vastos territórios do norte escapam do controle estatal e os ataques jihadistas ainda são frequentes.
Fontes consultadas pela Agência Efe apontaram que o retorno de Touré pode ajudar na reconciliação geral do país e demonstraria que os seguidores de Sanogo - atualmente preso - já não têm tanto poder como antes.
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