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Família do Zimbábue está há 3 meses em aeroporto de Bancoc

Aeroporto de Bancoc, na Tailândia - Divulgação
Aeroporto de Bancoc, na Tailândia Imagem: Divulgação

Em Bancoc

28/12/2017 08h42

Uma família do Zimbábue que se recusa a voltar ao seu país por medo de represálias está há três meses parada no Aeroporto Internacional Suvarnabhumi, em Bancoc (Tailândia), depois de tentar, sem sucesso, ir à Espanha para pedir asilo político.

O vice-porta-voz do Escritório de Imigração, Cherngron Rimphadee, informou nesta quinta-feira (28) à Agência Efe que a família, de quatro adultos e quatro crianças, foi entrevistada pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

Em comunicado, o órgão identificou um dos membros como Muvadi  Rodrick, que chegou a Bancoc, em maio, com outros três adultos e quatro crianças de 2, 6, 7 e 11 anos.

De acordo com o Escritório, eles estão sendo assistidos pela Ukraine  International  Airlines (UIA), a companhia aérea que usaram duas vezes para tentar ir para a Barcelona.

"Por enquanto, estão sob os cuidados da companhia aérea e não estão retidos na sala de detenção do aeroporto, como outros estrangeiros que tiveram a entrada negada na Tailândia", informou o órgão.

O fato é que nos últimos três meses a família não conseguiu sair do terminal de embarque porque o visto de turista que eles têm na Tailândia já perdeu a validade.

Em 23 de outubro, a família tentou embarcar em um voo da UIA para Barcelona, via Kiev, mas não tinha visto para entrar na Espanha. A companhia aérea negou o embarque. Em 7 de novembro, eles conseguiram pegar o avião, também da UIA, e chegaram a Kiev, mas foram obrigados a voltar a Bangcoc pelo mesmo motivo.

A Polícia indicou que a Acnur está analisando a solicitação de asilo, já que são pessoas que "poderiam estar expostas a riscos no país de origem".

Em 21 de novembro, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, foi destituído após um golpe militar que pôs fim a 37 anos de governo autoritário.

A Tailândia não assinou os tratados sobre a proteção dos refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas) e, por isso, o futuro da família é incerto, embora reconhecidos como solicitantes de asilo político.