Assessores denunciam prisão de rival de Al Sisi nas eleições egípcias
Cairo, 23 jan (EFE).- As forças armadas do Egito acusaram nesta terça-feira o ex-chefe do Estado-Maior, Sami Anan, de ter cometido várias "irregularidades" no anúncio da sua candidatura às próximas eleições presidenciais, previstas para março.
Após esse anúncio, assessores de campanha de Anan denunciaram que o ex-chefe do Estado-Maior foi detido, mas esta informação não foi confirmada de forma oficial.
Em um comunicado oficial, a cúpula militar acusou Anan de anunciar sua candidatura sem a permissão prévia do exército e de ter realizado uma "incitação para criar disputas" entre as forças armadas e o povo egípcio no discurso em que formalizou sua candidatura na sexta-feira passada.
Anan também foi acusado de cometer um "delito de falsificação em papéis oficiais" para poder apresentar-se às eleições, que estão vetadas aos militares, ainda que ele não tenha apresentado sua candidatura oficialmente.
As forças armadas concluíram seu comunicado assegurando que tomarão todas "as medidas legais contra as irregularidades e delitos" de Anan, que lhe "obrigam a comparecer perante os corpos de investigação competente".
Após o anúncio das forças armadas egípcias, o porta-voz de Anan, Mahmoud Refaat, anunciou em uma mensagem no Twitter, que não foi confirmada de forma oficial, a detenção do ex-chefe do Estado-Maior.
"Grande povo egípcio, o general Sami Anan foi detido por ordem do (presidente Abdul Fatah) Al Sisi e seu grupo", afirmou Refaat.
O comitê de campanha de Anan determinou, por meio de um comunicado, a "suspensão" da campanha até novo aviso "pelo interesse da segurança de todos os cidadãos que têm necessidade de uma mudança".
Anan, "número dois" da junta militar que governou o Egito após a queda do presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, expressou seu desejo de concorrer às eleições no último final de semana, para desbancar do cargo o atual presidente, o ex-marechal Al Sisi.
Além disso, é o segundo ex-militar que mostra sua intenção de concorrer nos pleitos do próximo mês de março.
Antes dele, o ex-primeiro ministro Ahmed Shafiq anunciou seu desejo de participar nas eleições, ainda que várias semanas depois tenha recuado ao assegurar que não se considerava a "pessoa ideal" para governar o país.
Pessoas do entorno mais próximo de Shafiq denunciaram, no entanto, que o ex-primeiro-ministro foi pressionado para forçar sua retirada.
Anan foi afastado do seu cargo como chefe de Estado-Maior em agosto de 2012 e renunciou ao seu posto de conselheiro presidencial em julho de 2013, dois dias antes do golpe de Estado que derrubou Mursi.
Esse golpe devolveu o poder politico aos militares, que o ostentavam desde 1952, com o breve parêntese dos 12 meses que durou a presidência de Mursi.
Após esse anúncio, assessores de campanha de Anan denunciaram que o ex-chefe do Estado-Maior foi detido, mas esta informação não foi confirmada de forma oficial.
Em um comunicado oficial, a cúpula militar acusou Anan de anunciar sua candidatura sem a permissão prévia do exército e de ter realizado uma "incitação para criar disputas" entre as forças armadas e o povo egípcio no discurso em que formalizou sua candidatura na sexta-feira passada.
Anan também foi acusado de cometer um "delito de falsificação em papéis oficiais" para poder apresentar-se às eleições, que estão vetadas aos militares, ainda que ele não tenha apresentado sua candidatura oficialmente.
As forças armadas concluíram seu comunicado assegurando que tomarão todas "as medidas legais contra as irregularidades e delitos" de Anan, que lhe "obrigam a comparecer perante os corpos de investigação competente".
Após o anúncio das forças armadas egípcias, o porta-voz de Anan, Mahmoud Refaat, anunciou em uma mensagem no Twitter, que não foi confirmada de forma oficial, a detenção do ex-chefe do Estado-Maior.
"Grande povo egípcio, o general Sami Anan foi detido por ordem do (presidente Abdul Fatah) Al Sisi e seu grupo", afirmou Refaat.
O comitê de campanha de Anan determinou, por meio de um comunicado, a "suspensão" da campanha até novo aviso "pelo interesse da segurança de todos os cidadãos que têm necessidade de uma mudança".
Anan, "número dois" da junta militar que governou o Egito após a queda do presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, expressou seu desejo de concorrer às eleições no último final de semana, para desbancar do cargo o atual presidente, o ex-marechal Al Sisi.
Além disso, é o segundo ex-militar que mostra sua intenção de concorrer nos pleitos do próximo mês de março.
Antes dele, o ex-primeiro ministro Ahmed Shafiq anunciou seu desejo de participar nas eleições, ainda que várias semanas depois tenha recuado ao assegurar que não se considerava a "pessoa ideal" para governar o país.
Pessoas do entorno mais próximo de Shafiq denunciaram, no entanto, que o ex-primeiro-ministro foi pressionado para forçar sua retirada.
Anan foi afastado do seu cargo como chefe de Estado-Maior em agosto de 2012 e renunciou ao seu posto de conselheiro presidencial em julho de 2013, dois dias antes do golpe de Estado que derrubou Mursi.
Esse golpe devolveu o poder politico aos militares, que o ostentavam desde 1952, com o breve parêntese dos 12 meses que durou a presidência de Mursi.
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