Cuba critica "política fracassada" dos EUA ao usar internet para "subversão"
Havana, 24 jan (EFE).- A criação pelo governo dos Estados Unidos de uma equipe de trabalho para expandir o acesso à internet em Cuba é uma "política fracassada", e como seus anteriores programas "subversivos", não conseguirá mudar a ordem interna na ilha, afirmou nesta quarta-feira em sua capa o jornal estatal "Granma".
"Se o governo do presidente Donald Trump pretende usar novas tecnologias para impor mudanças no ordenamento interno de Cuba, escolheu caminhos muito velhos que já demonstraram no passado sua inoperância e falta de efetividade", ressalta o texto, que continua nas páginas internas do jornal.
Para o órgão do governante Partido Comunista de Cuba, o anúncio realizado ontem pelo Departamento de Estado americano "abre as portas ao retorno de uma política fracassada da Guerra Fria" que ambos países tinham tentado superar com o "degelo" nas suas relações, restabelecidas em 2015 após meio século de inimizade.
A criação desta nova equipe de trabalho evidencia que "não há falta de liquidez" de um "governo paralisado e sem fundos" quando se tenta "financiar projetos subversivos contra Cuba", denuncia o artigo.
Cuba é um dos países mais desconectados do mundo e o livre acesso à internet é uma questão pendente para o governo da ilha, que há três anos começou lentamente a oferecer serviços de conexão à rede, primeiro em áreas públicas, agora nos lares e ao longo deste ano a partir do telefone celular.
O grupo de trabalho criado pelos EUA, composto por pessoas de dentro e fora do governo americano, busca a "promoção do fluxo informativo livre e não regulado em Cuba", informou ontem o Departamento de Estado americano em uma breve nota.
Esta decisão foi anunciada em um momento em que os ambos países vivem um renovado estado de tensão nas suas relações devido à reviravolta na política dos EUA para Cuba impulsionada por Trump.
O "Granma" considerou que esta é "a continuação do desatinado e mal assessorado discurso" em que Trump anunciou, em junho do ano passado, a nova posição de seu governo para a ilha, que reverte parte do que foi conquistado por seu antecessor, Barack Obama, e o governante cubano Raúl Castro.
"O terreno escolhido para a nova agressão, internet, demonstra às claras quais são os verdadeiros objetivos de Washington quando exige 'livre acesso' à rede de redes nos países aos quais se opõem, enquanto no seu território mantém um mega sistema de rastreamento" sobre seus cidadãos, denunciou o principal jornal cubano.
Segundo dados oficiais cubanos, 2017 foi o ano do boom "da expansão do acesso à rede "na ilha, com 40% dos cubanos conectados à internet, 37% a mais que no 2010.
De acordo com o relatório Global Overwiew, no ano passado a ilha se transformou no país de maior crescimento em conectividade digital e presença em redes sociais, com mais de 2,7 milhões de novos usuários e 365% de aumento em comparação com 2016.
No entanto, os preços da conexão são ainda muito elevados para o salário médio cubano, que não chega a US$ 30.
"Se o governo do presidente Donald Trump pretende usar novas tecnologias para impor mudanças no ordenamento interno de Cuba, escolheu caminhos muito velhos que já demonstraram no passado sua inoperância e falta de efetividade", ressalta o texto, que continua nas páginas internas do jornal.
Para o órgão do governante Partido Comunista de Cuba, o anúncio realizado ontem pelo Departamento de Estado americano "abre as portas ao retorno de uma política fracassada da Guerra Fria" que ambos países tinham tentado superar com o "degelo" nas suas relações, restabelecidas em 2015 após meio século de inimizade.
A criação desta nova equipe de trabalho evidencia que "não há falta de liquidez" de um "governo paralisado e sem fundos" quando se tenta "financiar projetos subversivos contra Cuba", denuncia o artigo.
Cuba é um dos países mais desconectados do mundo e o livre acesso à internet é uma questão pendente para o governo da ilha, que há três anos começou lentamente a oferecer serviços de conexão à rede, primeiro em áreas públicas, agora nos lares e ao longo deste ano a partir do telefone celular.
O grupo de trabalho criado pelos EUA, composto por pessoas de dentro e fora do governo americano, busca a "promoção do fluxo informativo livre e não regulado em Cuba", informou ontem o Departamento de Estado americano em uma breve nota.
Esta decisão foi anunciada em um momento em que os ambos países vivem um renovado estado de tensão nas suas relações devido à reviravolta na política dos EUA para Cuba impulsionada por Trump.
O "Granma" considerou que esta é "a continuação do desatinado e mal assessorado discurso" em que Trump anunciou, em junho do ano passado, a nova posição de seu governo para a ilha, que reverte parte do que foi conquistado por seu antecessor, Barack Obama, e o governante cubano Raúl Castro.
"O terreno escolhido para a nova agressão, internet, demonstra às claras quais são os verdadeiros objetivos de Washington quando exige 'livre acesso' à rede de redes nos países aos quais se opõem, enquanto no seu território mantém um mega sistema de rastreamento" sobre seus cidadãos, denunciou o principal jornal cubano.
Segundo dados oficiais cubanos, 2017 foi o ano do boom "da expansão do acesso à rede "na ilha, com 40% dos cubanos conectados à internet, 37% a mais que no 2010.
De acordo com o relatório Global Overwiew, no ano passado a ilha se transformou no país de maior crescimento em conectividade digital e presença em redes sociais, com mais de 2,7 milhões de novos usuários e 365% de aumento em comparação com 2016.
No entanto, os preços da conexão são ainda muito elevados para o salário médio cubano, que não chega a US$ 30.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.