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Damasco acusa EUA e França de mentir sobre uso de armas químicas na Síria

24/01/2018 08h35

Beirute, 24 jan (EFE).- O governo sírio acusou nesta quarta-feira Estados Unidos e França de lançar "mentiras e alegações" sobre o uso de armas químicas no seu território, que fariam parte da política "de ataques constantes" à Síria desses países.

Uma fonte do Ministério de Relações Exteriores sírio disse à agência oficial "Sana" que "quem se excede nas prerrogativas das organizações internacionais concernidas e exerce pressão sobre elas para ajudar a suas próprias agendas não tem credibilidade nem padrões morais ou legais para considerar-se juízes".

A Rússia, aliada do Executivo de Damasco, e os EUA, que respaldam à oposição síria, trocaram acusações ontem no Conselho de Segurança da ONU por um ataque químico que teria ocorrido há dois dias na Síria.

Os EUA e seus aliados assinalaram as autoridades do país árabe como culpadas e a Rússia como responsável indireta.

Moscou respondeu convocando uma sessão de urgência do Conselho de Segurança, na qual criticou Washington e seus aliados e durante a qual propôs a criação de uma nova comissão internacional para investigar os ataques químicos na Síria.

A fonte do Ministério sírio assegurou que seu governo sempre cooperou e proporcionou as condições para a realização de "investigações objetivas, imparciais e profissionais" sobre o emprego de armas químicas.

No entanto, acrescentou, "o lado ocidental colonialista sempre a entorpeceu e exerceu vários tipos de pressão sobre a equipe investigador para politizá-la".

Segundo o governo sírio, esta obstrução tem como objetivo "impedir qualquer esforço que contribua para encontrar uma saída à crise na Síria".

Na segunda-feira passada fontes opositoras e o Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciaram um suposto ataque com gás cloro por parte da artilharia das forças governamentais sírias contra a cidade de Douma, perto de Damasco e controlada por facções islamitas.

Pelo menos 21 pessoas, algumas delas menores de idade, foram afetadas com sintomas de asfixia pelo suposto ataque químico.