Assunção sofre com inundações, que deixam 4.200 famílias fora de casa

Assunção, 26 jan (EFE).- As inundações continuam por mais um dia em Assunção, com o nível do rio Paraguai em 5,75 metros, um centímetro acima do registrado ontem, e com 4.233 famílias fora de suas casas e abrigadas em refúgios, informou nesta sexta-feira a prefeitura da cidade.

No total, calcula-se que 21.165 pessoas foram acolhidas nas últimas duas semanas em 79 refúgios, situados em prédios públicos e militares.

Estes abrigos para os afetados são construídos com precárias chapas de madeira em áreas mais altas onde a água não chega.

A situação ainda se agravará, já que "a probabilidade de chuvas continuará elevada em grande parte do país", segundo a Direção de Meteorologia e Hidrologia

No entanto, o rio Paraguai ainda se mantém em nível crítico de inundação e teria que subir até os 8 metros para que as autoridades considerem a evacuação total.

Na quarta-feira, a Junta Municipal de Assunção aprovou a declaração do estado de emergência na capital paraguaia por um período de 30 dias devido às inundações provocadas pela enchente do rio.

A área mais afetada é a de Bañado Norte, no bairro de Tacumbú, no sul da cidade, onde 1.775 famílias tiveram que deixar suas casas depois que a água alagou as ruas do local, segundo a prefeitura.

Na região de Bañado Norte, algo mais de um quilômetro rio acima, 1.702 famílias também foram afetadas e deslocadas pela cheia do rio.

No bairro Ricardo Brugada, no centro de Assunção, junto à baía da cidade, 756 famílias tiveram que se deslocar zonas mais elevadas.

Em dezembro de 2015, as inundações em Assunção, associadas ao fenômeno climático do El Niño, obrigaram cerca de 100 mil pessoas a abandonar suas casas e se alojar em precários abrigos de madeira construídos em refúgios situados em espaços públicos.