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Estados Unidos e Polônia se unem contra gasoduto que ligará Rússia à Alemanha

27/01/2018 08h40

Varsóvia, 27 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, e o ministro de Relações Exteriores da Polônia, Jacek Czaputowicz, criticaram neste sábado o projeto de gasoduto Nord Stream II, que ligará diretamente a Rússia à Alemanha.

"Compartilhamos da posição contrária ao gasoduto Nord Stream II, que afeta a segurança e a estabilidade energética da Europa, dando à Rússia mais uma ferramenta para politizar o setor energético", disse Tillerson, que faz uma visita oficial a Varsóvia em uma entrevista coletiva conjunta com Czaputowicz.

"Temos um interesse estratégico comum e acreditamos firmemente que a Polônia e o restante da Europa dispõem dos recursos necessários para diversificar suas fontes de energia, algo fundamental para a segurança a longo prazo da Europa. Por isso, apoiamos iniciativas para desenvolver novas conexões que permitam atingir esse objetivo", prosseguiu Tillerson.

Como exemplo de alternativa, Czaputowicz citou um acordo firmado pela Polônia em novembro para receber gás natural liquefeito (LNG) dos EUA por cinco anos.

O apoio à diversificação das fontes de energia da Polônia, que ainda depende muito da Rússia no setor, esteve no foco da agenda de Tillerson em Varsóvia, onde o secretário de Estado americano também se reuniu com o presidente do país, Andrzej Duda, e com o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.

O chanceler também aproveitou a presença de Tillerson para agradecer pela presença militar americana no país e reafirmou o compromisso da Polônia com o fortalecimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Isso (a presença militar) oferece à sociedade polonesa uma sensação de segurança", afirmou.

Tillerson destacou o importante papel da Polônia dentro da Otan, ressaltando que o país está gastando mais do que 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, uma exigência feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, assim que chegou ao poder.

O secretário de Estado também ressaltou que as empresas americanas terão um importante papel no processo de modernização do Exército polonês.