Londres "não tem plano" para resolver crise norte-irlandesa, diz Sinn Féin
Londres, 22 fev (EFE).- O partido nacionalista Sinn Féin afirmou nesta quinta-feira que o Governo britânico "não tem um plano" para restaurar o Executivo de poder compartilhado na Irlanda do Norte, que permanece suspenso há mais de um ano.
Essa situação é "preocupante", pois o vazio de poder coincide, além disso, com a "ameaça iminente" que apresenta para "os funcionamento econômicos, social e político" de toda a ilha da Irlanda após a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), assegurou a presidente do Sinn Féin, Mary Lou McDonald.
A líder da formação nacionalista, antigo braço político do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), fez essas declarações em Londres, após se reunir ontem com a primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May.
Ambas partes analisaram o fracasso da última rodada de conversas para formar um Executivo em Belfast entre o Partido Democrático Unionista (DUP), principal representante da comunidade protestante e parceiro do Governo britânico, e o Sinn Féin, majoritário entre os católicos.
"A curto prazo, temos um problema com a restauração do Governo e das instituições (norte-irlandesas). A nossa análise é que o Governo britânico não tem um plano para que isso ocorra, o que deve preocupar a todos", disse McDonald, que substituíu neste mês à frente do partido o histórico Gerry Adams.
Ainda que considerou que seja possível alcançar um acordo com o DUP, pediu que ceda sobre a espinhosa questão do idioma gaélico irlandês, que os nacionalistas querem proteger através de uma lei específica, enquanto os unionistas preferem uma legislação cultural mais geral, que contemple também aspectos relacionados com a identidade protestante.
O DUP, no entanto, não deseja voltar à mesa de negociação e pediu a May que prepare um orçamento para a região e comece a tomar decisões executivas em áreas fundamentais, como educação e saúde, o que aproximaria a suspensão da autonomia e do governo direto de Londres.
"Nos jogamos muito, inclusive antes de considerar o 'brexit'", disse McDonald em referência ao "divórcio" entre Londres e Bruxelas, processo que descreveu como "incompatível" com o acordo de paz da Sexta-feira Santa de 1998, o texto que pôs um fim no passado conflito na província britânica e permitiu a formação de um Governo autônomo de poder compartilhado.
A dirigente nacionalista defendeu a validade e vigência do acordo que, além de impulsionar o processo de paz há 20 anos, serve agora de garantia para manter a fronteira norte-irlandesa aberta após o divórcio entre Londres e Bruxelas, tal e como aceitou May.
Em sua opinião, "o 'brexit', seja duro ou brando", ameaça "a infraestrutura política" e o "marco legal" construído sobre as bases do acordo da Sexta-feira Santa, motivo pelo qual, disse, deve de ser "protegido energicamente" pelo Governo de Dublin nas conversas que mantidas entre Londres e Bruxelas sobre sua separação.
Essa situação é "preocupante", pois o vazio de poder coincide, além disso, com a "ameaça iminente" que apresenta para "os funcionamento econômicos, social e político" de toda a ilha da Irlanda após a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), assegurou a presidente do Sinn Féin, Mary Lou McDonald.
A líder da formação nacionalista, antigo braço político do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), fez essas declarações em Londres, após se reunir ontem com a primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May.
Ambas partes analisaram o fracasso da última rodada de conversas para formar um Executivo em Belfast entre o Partido Democrático Unionista (DUP), principal representante da comunidade protestante e parceiro do Governo britânico, e o Sinn Féin, majoritário entre os católicos.
"A curto prazo, temos um problema com a restauração do Governo e das instituições (norte-irlandesas). A nossa análise é que o Governo britânico não tem um plano para que isso ocorra, o que deve preocupar a todos", disse McDonald, que substituíu neste mês à frente do partido o histórico Gerry Adams.
Ainda que considerou que seja possível alcançar um acordo com o DUP, pediu que ceda sobre a espinhosa questão do idioma gaélico irlandês, que os nacionalistas querem proteger através de uma lei específica, enquanto os unionistas preferem uma legislação cultural mais geral, que contemple também aspectos relacionados com a identidade protestante.
O DUP, no entanto, não deseja voltar à mesa de negociação e pediu a May que prepare um orçamento para a região e comece a tomar decisões executivas em áreas fundamentais, como educação e saúde, o que aproximaria a suspensão da autonomia e do governo direto de Londres.
"Nos jogamos muito, inclusive antes de considerar o 'brexit'", disse McDonald em referência ao "divórcio" entre Londres e Bruxelas, processo que descreveu como "incompatível" com o acordo de paz da Sexta-feira Santa de 1998, o texto que pôs um fim no passado conflito na província britânica e permitiu a formação de um Governo autônomo de poder compartilhado.
A dirigente nacionalista defendeu a validade e vigência do acordo que, além de impulsionar o processo de paz há 20 anos, serve agora de garantia para manter a fronteira norte-irlandesa aberta após o divórcio entre Londres e Bruxelas, tal e como aceitou May.
Em sua opinião, "o 'brexit', seja duro ou brando", ameaça "a infraestrutura política" e o "marco legal" construído sobre as bases do acordo da Sexta-feira Santa, motivo pelo qual, disse, deve de ser "protegido energicamente" pelo Governo de Dublin nas conversas que mantidas entre Londres e Bruxelas sobre sua separação.
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