Rússia diz a embaixadores estrangeiros que não tem ligação com caso de espião
Moscou, 21 mar (EFE).- A Rússia voltou a negar ter qualquer ligação com o envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e afirmou que as acusações do Reino Unido são "histéricas" e "sem fundamento".
As afirmações foram feitas durante uma reunião no Ministério de Relações Exteriores do país com embaixadores estrangeiros em Moscou convocada pelo Kremlin, segundo um diplomata russo.
"Nenhuma das teorias que ouvimos (sobre o envenenamento) resiste a uma investigação séria", disse o diretor do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas da Chancelaria russa, Vladimir Yermakov, na reunião de acordo com agências russas.
"Eles colocam ênfase no uso de alguma substância química, que batizaram, por alguma razão, de Novichok. Mas, caso uma arma química tivesse sido usada, haveria muitos mortos", explicou Yermakov.
O diplomata voltou a negar com veemência a participação do país no caso. "A Rússia não está envolvida de nenhuma maneira, pela simples razão que, para Rússia, esse tipo de aventura é simplesmente inaceitável. De maneira alguma isso nos convém", afirmou.
Yermakov cogitou a possibilidade de o envenenamento de Skripal, ocorrido na cidade de Salisbury, ter sido um "atentado terrorista".
"A lógica sugere duas possíveis variáveis: ou as autoridades britânicas não são capazes de defender o país de um ataque terrorista deste tipo, ou elas próprias, direta ou indiretamente, organizaram o ataque contra uma cidadão russa (a filha do ex-espião). Não acuso ninguém, mas não há terceira opção", disse.
O representante do Kremlin também não descartou que provas do caso tenham desaparecido, especialmente depois de o Reino Unido ter se negado a enviar amostras da substância à Rússia.
"As autoridades britânicas estão cada vez mais desesperadas. É compreensível. O tempo corre. Eles mesmos se enfiaram num atoleiro", destacou Yermakov.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, denunciou que Skripal e sua filha foram envenenados com um agente tóxico de fabricação russa e responsabilizou o Kremlin pelo ocorrido.
Em resposta, logo após vencer as eleições presidenciais no domingo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o país não possui esse tipo de substância e nem foi responsável por produzi-lo, inclusive na época da União Soviética.
No entanto, cientistas russos que participaram do desenvolvimento do arsenal químico soviético reconheceram que o Kremlin criou esse agente no fim da Guerra Fria. Eles, porém, não descartam que o Novichok possa ter sido sintetizado em outros países.
As afirmações foram feitas durante uma reunião no Ministério de Relações Exteriores do país com embaixadores estrangeiros em Moscou convocada pelo Kremlin, segundo um diplomata russo.
"Nenhuma das teorias que ouvimos (sobre o envenenamento) resiste a uma investigação séria", disse o diretor do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas da Chancelaria russa, Vladimir Yermakov, na reunião de acordo com agências russas.
"Eles colocam ênfase no uso de alguma substância química, que batizaram, por alguma razão, de Novichok. Mas, caso uma arma química tivesse sido usada, haveria muitos mortos", explicou Yermakov.
O diplomata voltou a negar com veemência a participação do país no caso. "A Rússia não está envolvida de nenhuma maneira, pela simples razão que, para Rússia, esse tipo de aventura é simplesmente inaceitável. De maneira alguma isso nos convém", afirmou.
Yermakov cogitou a possibilidade de o envenenamento de Skripal, ocorrido na cidade de Salisbury, ter sido um "atentado terrorista".
"A lógica sugere duas possíveis variáveis: ou as autoridades britânicas não são capazes de defender o país de um ataque terrorista deste tipo, ou elas próprias, direta ou indiretamente, organizaram o ataque contra uma cidadão russa (a filha do ex-espião). Não acuso ninguém, mas não há terceira opção", disse.
O representante do Kremlin também não descartou que provas do caso tenham desaparecido, especialmente depois de o Reino Unido ter se negado a enviar amostras da substância à Rússia.
"As autoridades britânicas estão cada vez mais desesperadas. É compreensível. O tempo corre. Eles mesmos se enfiaram num atoleiro", destacou Yermakov.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, denunciou que Skripal e sua filha foram envenenados com um agente tóxico de fabricação russa e responsabilizou o Kremlin pelo ocorrido.
Em resposta, logo após vencer as eleições presidenciais no domingo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o país não possui esse tipo de substância e nem foi responsável por produzi-lo, inclusive na época da União Soviética.
No entanto, cientistas russos que participaram do desenvolvimento do arsenal químico soviético reconheceram que o Kremlin criou esse agente no fim da Guerra Fria. Eles, porém, não descartam que o Novichok possa ter sido sintetizado em outros países.
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