Kuczynski ameaça retirar renúncia se Congresso peruano recusar condições
Lima, 23 mar (EFE).- O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, ameaçou nesta sexta-feira retirar sua denúncia caso o Congresso do não aceite as condições propostas por ele para deixar o cargo, dando sequência ao processo de cassação já em andamento no Legislativo.
"É inaceitável a proposta de Resolução Legislativa do Congresso que tenta apresentar como vacância (como o impeachment é chamado no Peru) a minha renúncia. Se seguir assim, retirarei minha carta (de renúncia) e me submeterei ao procedimento regular de vacância, exercendo meu direito de defesa", afirmou o presidente.
As declarações foram dadas por Kuczynski após a divulgação da resolução parlamentar que aceitaria a renúncia. O texto faz acusações duras ao presidente, chamando-o de "traidor da pátria".
Horas antes, o Peruanos pelo Kambio (PKK), o partido do presidente, ameaçou boicotar o processo de transição se o Congresso mantiver os termos da resolução. A previsão é que o vice-presidente Martín Vizcarra assuma o poder ainda hoje.
Juan Sheput, um dos congressistas mais próximos de Kuczynski, alertou na manhã de hoje, antes do reinício do debate sobre a renúncia, que não haverá transmissão de comando se a resolução legislativa "faltar com o respeito" ao presidente.
"Se a resolução legislativa que 'aceita' a renúncia do presidente contiver falsidades, injúrias ou termos inaceitáveis, ela não será aceita pelo Peruanos pelo Kambio e pode ser que não haja transmissão de comando. E a culpa será de um setor irresponsável de congressistas", afirmou Sheput.
O parlamento iniciou ontem o debate sobre a renúncia de Kucyznski, aguardando o retorno de Vizcarra a Lima. O vice-presidente deve tomar posse e pôr fim à crise política.
Kuczynski apresentou sua renúncia na quarta-feira, pressionado pelo Congresso e parte da sociedade civil, após a divulgação de vídeos de membros do governo e aliados tentando comprar votos para barrar o processo de cassação do presidente no parlamento.
A maior parte dos congressistas disse aceitar a renúncia de Kuczynski, mas critica o presidente por não assumir na carta sua responsabilidade nos fatos denunciados.
Alguns opositores insistem, por outro lado, na sequência do processo de vacância para ter a oportunidade de responsabilizar penalmente o presidente. Termos como "traidor da pátria", por exemplo, abrem espaço para ações criminais contra Kuczynski.
"É inaceitável a proposta de Resolução Legislativa do Congresso que tenta apresentar como vacância (como o impeachment é chamado no Peru) a minha renúncia. Se seguir assim, retirarei minha carta (de renúncia) e me submeterei ao procedimento regular de vacância, exercendo meu direito de defesa", afirmou o presidente.
As declarações foram dadas por Kuczynski após a divulgação da resolução parlamentar que aceitaria a renúncia. O texto faz acusações duras ao presidente, chamando-o de "traidor da pátria".
Horas antes, o Peruanos pelo Kambio (PKK), o partido do presidente, ameaçou boicotar o processo de transição se o Congresso mantiver os termos da resolução. A previsão é que o vice-presidente Martín Vizcarra assuma o poder ainda hoje.
Juan Sheput, um dos congressistas mais próximos de Kuczynski, alertou na manhã de hoje, antes do reinício do debate sobre a renúncia, que não haverá transmissão de comando se a resolução legislativa "faltar com o respeito" ao presidente.
"Se a resolução legislativa que 'aceita' a renúncia do presidente contiver falsidades, injúrias ou termos inaceitáveis, ela não será aceita pelo Peruanos pelo Kambio e pode ser que não haja transmissão de comando. E a culpa será de um setor irresponsável de congressistas", afirmou Sheput.
O parlamento iniciou ontem o debate sobre a renúncia de Kucyznski, aguardando o retorno de Vizcarra a Lima. O vice-presidente deve tomar posse e pôr fim à crise política.
Kuczynski apresentou sua renúncia na quarta-feira, pressionado pelo Congresso e parte da sociedade civil, após a divulgação de vídeos de membros do governo e aliados tentando comprar votos para barrar o processo de cassação do presidente no parlamento.
A maior parte dos congressistas disse aceitar a renúncia de Kuczynski, mas critica o presidente por não assumir na carta sua responsabilidade nos fatos denunciados.
Alguns opositores insistem, por outro lado, na sequência do processo de vacância para ter a oportunidade de responsabilizar penalmente o presidente. Termos como "traidor da pátria", por exemplo, abrem espaço para ações criminais contra Kuczynski.
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