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Ataques da coalizão árabe no Iêmen deixam 11 mortos e 30 feridos

27/05/2018 07h42

Sanaã, 27 mai (EFE).- Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas nas últimas horas em bombardeios e ataques de artilharia da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, em zonas do noroeste do Iêmen, informaram neste domingo testemunhas e meios de comunicação.

As testemunhas disseram que quatro pessoas, entre elas uma mulher, morreram e outras 11 ficaram feridas na tarde de sábado em dois bombardeios da coalizão contra um posto de gasolina da empresa estatal de petróleo em uma rua de Sanaã que ficou destruída.

O Ministério de Relações Exteriores do Governo dos rebeldes houthis, que controlam Sanaa, condenou hoje em comunicado o bombardeio, que aconteceu "no marco da política sistemática" da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos de destruir "todas as capacidades econômicas e as infraestruturas do povo iemenita".

"Estes atos criminosos cometidos pelos dois países da agressão têm como fim claramente minar qualquer oportunidade possível para a paz, incluídos os trâmites de confiança que o enviado da ONU para o o Iêmen procura construir como preparativos para um processo de negociações para acabar com a guerra", sustentou.

A televisão "Al Masira", controlada pelos houthis, disse que três crianças e um homem perderam a vida e outras 19 pessoas ficaram feridos em um bombardeio ontem contra uma estrada principal no centro da cidade de Saada, no noroeste do Iêmen, principal reduto dos houthis.

No distrito de Gamr, situado na fronteira entre o Iêmen e a Arábia Saudita, três civis, entre eles um criança, morreram em um ataque de artilharia saudita no sábado, segundo a agência de notícias "Saba".

Além disso, a aviação realizou outros 12 bombardeios contra os distritos de Mayz e Sahar, situados em Saada, segundo a "Saba", que não ofereceu informação sobre vítimas.

A coalizão realizou oito bombardeios contra as antenas de comunicação da empresa governamental Iêmen Móbil controlada pelos houthis perto do porto de As Salif, no Mar Vermelho, sem que haja registro de vítimas.