Partidos colombianos correm atrás de alianças para disputa do 2º turno
Bogotá, 28 mai (EFE).- O resultado das eleições presidenciais de domingo na Colômbia abriu a temporada de alianças políticas para o segundo turno, que será disputado em 17 de junho pelo uribista Iván Duque e o esquerdista Gustavo Petro.
Duque, do partido Centro Democrático, recebeu 7.569.693 votos (39,14% do total), enquanto Petro, do Colômbia Humana, ficou em segundo, com 4.851.254 (25,08%).
Uma das legendas derrotadas no primeiro turno, o Mudança Radical, manifestou já nesta segunda-feira a intenção de apoiar Duque.
Petro, por outro lado, esbanjou otimismo com sua votação, classificando-a como "um belo e monumental triunfo", e ontem à noite fez um aceno aos concorrentes que não avançaram à fase final: Sergio Fajardo, da Coalizão Colômbia (centro-esquerda), Germán Vargas Lleras (centro-direita) e Humberto de la Calle (liberal).
"Convidamos Fajardo e seu Partido Verde, o Compromisso Cidadão, o Polo Democrático, a esquerda colombiana, convidamos o liberalismo, convidamos para repensar a política Germán Vargas Lleras", declarou o ex-prefeito de Bogotá.
Fajardo, terceiro colocado no primeiro turno, com 4.589.696 votos (23,73%), afirmou hoje que é "coerente" com sua posição e, por isso, não está em seus planos apoiar nenhum dos dois concorrentes restantes.
"Há uma semana estava sentado dizendo que nem Petro, nem Duque. Foi o que disse a todo o país", declarou Fajardo em entrevista à "Blu Radio", sem, porém, fechar a porta para um eventual acordo.
No entanto, o senador Iván Cepeda, que faz parte do Polo Democrático, um dos partidos que apoiaram Fajardo, disse que deveria apoiar o ex-correligionário Petro, que ainda tem admiradores nesta legenda.
"A única decisão razoável e correta é apoiar Gustavo Petro para criar um governo que respalde o processo de paz (com as Farc), as mudanças sociais das quais o país precisa e a luta contra a corrupção", disse Cepeda à "W Radio".
Também está em jogo o apoio do centenário Partido Liberal, um dos pilares do bipartidarismo na Colômbia, que obteve o pior resultado de sua história, com os poucos 399.180 votos (2,06%) de De la Calle, defensor da bandeira da paz em sua condição de ex-negociador do governo nos diálogos com as Farc.
O resultado provocou um racha no liberalismo, com o grupo do ex-ministro Juan Fernando Cristo acusando o ex-presidente César Gaviria pelo desastre eleitoral, por impedir uma aliança de De la Calle com Fajardo que teria levado o partido ao segundo turno.
"Gaviria atravessou como mula morta" repetiu hoje Cristo a jornalistas.
É provável que parte do liberalismo acabe na campanha de Duque, invocando para isso coincidências programáticas e o vínculo do candidato com esse partido, já que seu pai, Iván Duque Escobar, foi uma das figuras representativas da legenda nos anos 80 e 90.
Por outro lado o também centenário Partido Conservador, dividido há anos entre uma ala aliada do governo e outra de oposição, pode acabar unido em torno de Duque. O grupo do ex-presidente Andrés Pastrana apoiou o líder do primeiro turno desde o princípio, porque sua companheira de chapa é uma das filiadas à legenda, a ex-ministra Marta Lucía Ramírez. É provável que os outros membros, que antes apoiavam Vargas Lleras, se juntem a eles, porque a alternativa é Petro, de esquerda.
O Mudança Radical, que também apoiou Vargas Lleras, sinalizou hoje que deve optar por Duque, devido à afinidade com o plano de governo do candidato derrotado.
"Caso seja eleito presidente da República o doutor Iván Duque Márquez, o Mudança Radical veria com muito bons olhos se seu governo decidir apoiar as reformas e projetos de lei (...) do programa de governo apresentado por Germán Vargas Lleras", afirmou a legenda em comunicado.
As eleições, sobre as quais Petro manifestou dúvidas em relação à lisura, transcorreram com total normalidade, como ressaltaram hoje observadores internacionais.
A delegação do Parlamento Europeu que esteve no país comemorou que a jornada tenha se desenvolvido pacificamente e pediu mais respeito entre as opções políticas restantes.
"Pela primeira vez se pôde votar em todo o país e sem violência (...) No entanto, foi detectada uma tendência a desqualificações, ataques em redes sociais e notícias falsas", afirmou a presidente da missão europeia, Izaskun Bilbao.
Duque, do partido Centro Democrático, recebeu 7.569.693 votos (39,14% do total), enquanto Petro, do Colômbia Humana, ficou em segundo, com 4.851.254 (25,08%).
Uma das legendas derrotadas no primeiro turno, o Mudança Radical, manifestou já nesta segunda-feira a intenção de apoiar Duque.
Petro, por outro lado, esbanjou otimismo com sua votação, classificando-a como "um belo e monumental triunfo", e ontem à noite fez um aceno aos concorrentes que não avançaram à fase final: Sergio Fajardo, da Coalizão Colômbia (centro-esquerda), Germán Vargas Lleras (centro-direita) e Humberto de la Calle (liberal).
"Convidamos Fajardo e seu Partido Verde, o Compromisso Cidadão, o Polo Democrático, a esquerda colombiana, convidamos o liberalismo, convidamos para repensar a política Germán Vargas Lleras", declarou o ex-prefeito de Bogotá.
Fajardo, terceiro colocado no primeiro turno, com 4.589.696 votos (23,73%), afirmou hoje que é "coerente" com sua posição e, por isso, não está em seus planos apoiar nenhum dos dois concorrentes restantes.
"Há uma semana estava sentado dizendo que nem Petro, nem Duque. Foi o que disse a todo o país", declarou Fajardo em entrevista à "Blu Radio", sem, porém, fechar a porta para um eventual acordo.
No entanto, o senador Iván Cepeda, que faz parte do Polo Democrático, um dos partidos que apoiaram Fajardo, disse que deveria apoiar o ex-correligionário Petro, que ainda tem admiradores nesta legenda.
"A única decisão razoável e correta é apoiar Gustavo Petro para criar um governo que respalde o processo de paz (com as Farc), as mudanças sociais das quais o país precisa e a luta contra a corrupção", disse Cepeda à "W Radio".
Também está em jogo o apoio do centenário Partido Liberal, um dos pilares do bipartidarismo na Colômbia, que obteve o pior resultado de sua história, com os poucos 399.180 votos (2,06%) de De la Calle, defensor da bandeira da paz em sua condição de ex-negociador do governo nos diálogos com as Farc.
O resultado provocou um racha no liberalismo, com o grupo do ex-ministro Juan Fernando Cristo acusando o ex-presidente César Gaviria pelo desastre eleitoral, por impedir uma aliança de De la Calle com Fajardo que teria levado o partido ao segundo turno.
"Gaviria atravessou como mula morta" repetiu hoje Cristo a jornalistas.
É provável que parte do liberalismo acabe na campanha de Duque, invocando para isso coincidências programáticas e o vínculo do candidato com esse partido, já que seu pai, Iván Duque Escobar, foi uma das figuras representativas da legenda nos anos 80 e 90.
Por outro lado o também centenário Partido Conservador, dividido há anos entre uma ala aliada do governo e outra de oposição, pode acabar unido em torno de Duque. O grupo do ex-presidente Andrés Pastrana apoiou o líder do primeiro turno desde o princípio, porque sua companheira de chapa é uma das filiadas à legenda, a ex-ministra Marta Lucía Ramírez. É provável que os outros membros, que antes apoiavam Vargas Lleras, se juntem a eles, porque a alternativa é Petro, de esquerda.
O Mudança Radical, que também apoiou Vargas Lleras, sinalizou hoje que deve optar por Duque, devido à afinidade com o plano de governo do candidato derrotado.
"Caso seja eleito presidente da República o doutor Iván Duque Márquez, o Mudança Radical veria com muito bons olhos se seu governo decidir apoiar as reformas e projetos de lei (...) do programa de governo apresentado por Germán Vargas Lleras", afirmou a legenda em comunicado.
As eleições, sobre as quais Petro manifestou dúvidas em relação à lisura, transcorreram com total normalidade, como ressaltaram hoje observadores internacionais.
A delegação do Parlamento Europeu que esteve no país comemorou que a jornada tenha se desenvolvido pacificamente e pediu mais respeito entre as opções políticas restantes.
"Pela primeira vez se pôde votar em todo o país e sem violência (...) No entanto, foi detectada uma tendência a desqualificações, ataques em redes sociais e notícias falsas", afirmou a presidente da missão europeia, Izaskun Bilbao.
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